Jenison foi o artilheiro do Paraná na última temporada.| Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo
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Artilheiro da temporada de 2019 pelo Paraná com 17 gols, o atacante Jenison, atualmente no Cuiabá, abriu o jogo e detonou a diretoria paranista pelo "descaso com o elenco" no ano passado.

Em entrevista ao canal Resenha de Boteko, o jogador falou sobre os constantes atrasos salariais no Tricolor, a falta de diálogo com os dirigentes e a sua saída do clube.

Jenison desembarcou no início do ano passado na Vila Capanema, fez um bom Paranaense e até renovou o seu contrato com o Paraná em maio - o novo vínculo era válido até o final de 2020. No entanto, o camisa 9, assim como todo o elenco, sofreu com a falta de pagamento.

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"Era tudo bem complicado para receber. Toda semana tinha resenha de salário. Ninguém estava mais acreditando no que o presidente falava. Estava todo mundo bem indignado. O Rodolfo (zagueiro, que atualmente está no Coritiba) passou muita dificuldade. Tinha uma época que ele não tinha dinheiro para colocar gasolina e ir aos treinos", disse Jenison.

O atacante também destacou que, mesmo com os problemas extra-campo, o elenco estava focado em conquistar o acesso. Porém, os constantes atrasos salariais acabaram influenciando também dentro de campo.

"Os atrasos nos prejudicaram bastante. Se não fosse isso, nós subiríamos, pois éramos melhores que outros times que subiram. Era um grupo correto e unido. A diretoria não conseguia resolver as pendências e davam justificativas muito vazias", lamentou.

O camisa 9 também lembrou de quando a equipe ainda possuía chances de conquistar o acesso e não recebeu nenhum incentivo para o jogo decisivo contra o Atlético-GO, em Goiânia. Na ocasião, o Tricolor acabou perdendo por 1x0 e deixou escapar a oportunidade de ficar perto de subir para a Série A.

"Se você está em um jogo importante, faça alguma coisa, estimula o jogador. Não fizeram nada", criticou o atacante.

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Um dos poucos jogadores que possuíam contrato com o Paraná para a temporada de 2020, Jenison destacou que pretendia permanecer no clube ou ser emprestado no primeiro semestre e retornar para a Série B, mas não houve acordo com a diretoria e o atacante conseguiu rescindir o seu contrato na Justiça.

O Paraná foi procurado pela reportagem, mas não respondeu aos questionamentos.