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Capa do Almanaque do Colorado. | /Reprodução
Capa do Almanaque do Colorado.| Foto: /Reprodução

“Colorado a tua história é o orgulho do seu torcedor/ Três tradições do passado em um presente de garra e amor/ Tua torcida gigante vai do mais humilde até o doutor/ És a alegria do povo. É o time do trabalhador/ Colorado, Colorado, teu acervo não tem outro igual...”

A letra do hino, apenas com o refrão acima, consegue explicar a importância do Colorado no imaginário do futebol paranaense. Com trajetória relâmpago – foi fundado em 1971 e virou Paraná Clube (fusão com o Pinheiros) em 1989 – o Boca-Negra, apelido da agremiação, fez história a ponto de instigar a curiosidade de dois pesquisadores.

OBITUÁRIO: o  último jogo do lendário Colorado, embrião do Paraná Clube

O engenheiro James Skroch, 51, e o médico Julio Bovi Diogo, 57, levantaram a ficha técnica dos 803 jogos da equipe com fama de azarada, com uma linda camisa vermelha e um escudo minimalista. Foram 338 vitórias, 270 empates e apenas 195 derrotas catalogadas no Almanaque do Colorado (135 páginas), uma produção própria vendida a preço de custo aos interessados, com apenas 30 exemplares. Uma edição será doada para o Museu do Futebol e outra para a Biblioteca Nacional, eternizando a agremiação de vida louca e breve.

Tem tudo. Todos os registros da breve história tricolor. Foram 982 gols marcados e 677 sofridos, números que não apagam um passado melancólico, marcado por curiosidades, sofrimento e extrema falta de sorte.

SELEBOCA, Uma história surreal

Até o dia 8 de julho de 1989, data da última partida oficial do “Tricolaço da Vila Capanema”, a agremiação foi uma grande fonte para o folclore esportivo. Protagonizou cenas tristes, como a morte do lateral Valtencir durante uma partida (em 1978); e ficou marcada por histórias pitorescas: foi três vezes consecutivas vice-campeã do estado (74-75-76); vencia por 4 a 0 o Atlético e viu o atacante Ziquita empatar com quatro bolas na rede em menos de 15 minutos (78); foi zombada quando sofreu gol de goleiro (80); gol evitado por preparador físico em 1981, formou o fracassado “seleboca” (84).

ARIOMAR o último herói do Colorado

Julio Bovi Diogo mora em Santos mas sua amizade com Levi Mulford, dono de um dos mais fabulosos acervos de futebol no Brasil, e Heriberto Machado, memorialista do Atlético e do futebol paranaense, o levou a James Skroch, um apaixonado pelo Boca. Levantaram os dados e registraram todas as façanhas e desventuras do Colorado.

“Nosso livro é de fato uma almanaque, trabalho de pesquisa mesmo, não tem comentários, apenas fotos e fichas técnicas de todos os jogos, ano a ano”, conta Julio, que já prepara um trabalho similar sobre o Pinheiros – além de ter produzido o levantamento de jogos do Primavera e Bloco Morgenau, clubes de futebol que também recheiam o obituário do futebol paranaense.

Serviço: pedido da edição limitada do Almanaque do Colorado através do WhatsApp - 13-991088457 (Julio) - R$ 30 + frete.

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