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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O presidente do Paraná, Leonardo Oliveira, quebrou o silêncio nesta sexta-feira (1), após mais de três meses sem falar com a imprensa.

Em entrevista ao vivo à Rádio Banda B, o dirigente falou sobre a situação do volante Jhonny Lucas, que teve uma negociação frustrada para o futebol europeu no início do ano, e também alfinetou, sem citar nomes, a maior organizada do Coritiba.

Em vídeos divulgados na última quinta (28), membros da Império Alviverde acusaram a torcida rival Fúria Independente de “estar no bolso” da diretoria paranista. A cena foi captada – e divulgada nas redes – durante protesto da Império no centro de treinamento coxa-branca.

“Nesses últimos três, quatro anos, aconteceram diversas conversas [com a organizada], mas as situações não ficam sendo expostas, filmadas. As manifestações acontecem para gerar resultados, não para marketing”, disparou o presidente.

Confira os principais trechos da entrevista

Jhonny Lucas

“É atleta do Paraná, tem contrato. Como todos sabem, buscamos uma negociação no final do ano passado. Tivemos situações avaliadas, descartadas, outras em negociação, em avaliação. Por toda essa condição, ele acabou afastado no primeiro turno do Paranaense, até por questão de respeito com o momento. Ele já está reintegrado, apto a jogar. Isso não suspende as negociações, mas não tem nada fechado”.

Chance de negociar com o mercado brasileiro

“Tivemos uma oferta oficial do Brasil. Tivemos outras sondagens, conversas, mas não nos agradou. E as propostas dos clubes de fora foram muito mais atrativas, mais vantajosas, e por isso têm sido tratadas com prioridade”.

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Salários atrasados

“O planejamento financeiro realizado vinha sendo cumprido. Mas tomamos um calote do mais profundo teor na questão dos direitos internacionais [do Brasileirão]. O contrato foi assinado em agosto, o recebimento seria até novembro. Eram R$ 5 milhões. Mas houve diversos desentendimentos, não cumprimento do acordo e o pagamento não foi realizado. Isso está caminhando via judicial. Era uma previsão de receita, um produto vendido, mas que infelizmente não aconteceu”.

Caixa Econômica

“A última parcela do patrocinador master também não foi recebida, atrasou muito tempo. Para um clube com dificuldades administrativas como o Paraná, não receber R$ 6 milhões de receita prevista e contratualizada causa uma desorganização natural. Conseguimos reverter boa parte e estamos trabalhando para que isso seja sanado definitivamente”.

Busca por patrocínios

“Existem negociações em andamento, possibilidades, propostas, e algumas situações. Mas a divulgação disso não trás benefícios para o Paraná no momento. Existem buscas. O Paranaense é um dos poucos campeonatos que não conta com transmissão de todos os jogos, não tem transmissão em canal fechado. Tudo isso nos causa dificuldades para atrair parceira para os uniformes do Paraná. Temos alguma coisas em fase mais adiantada e deve acontecer”.

Topper

“A Topper [fornecedora de material esportivo até 2019] está mudando a forma de atuar. Não pretendemos continuar. Eles manifestaram que estão fora nas situações do contrato atual. É muito difícil termos continuidade, mas há outras empresas interessadas. As propostas estão sendo analisadas, estudadas”.

Eliminação na Copa do Brasil

“Atrapalha muito, contávamos com as verbas no orçamento. Fomos frustrados nesse objetivo. Nosso elenco sabe do problema causado. Tínhamos obrigação de passar de fase [o Paraná foi eliminado pelo Londrina na segunda fase do torneio]. Era uma condição muito favorável e, infelizmente, não conseguimos esse objetivo. Agora é buscar alternativas, outras fontes de receita. Também tem o prejuízo técnico, é uma competição de grande apelo que deixamos de participar. Temos de aprender com os erros”.

Peso do Paranaense

“É importante ter objetivos, querer vencer ou alcançar as melhores colocações em toda competição. Quando assumimos o clube, o Paraná estava há dez anos na Série B. Colocamos o acesso como objetivo e, graças à parceria com o associado e o torcedor, conseguimos atingir. Também tínhamos 50 anos de briga com relação à Vila Capanema e hoje estamos muito próximos de resolver essa pendência. Então, colocamos grandes objetivos como meta e alcançamos. Hoje a meta é ser campeão paranaense. Não ganhamos desde 2006 e esse é o objetivo principal do clube nesse momento. Uma das quatro vagas da Série B são o objetivo máximo do ano, mas no momento é o Paranaense”.

Reunião com sócios

“Agendamos para o próximo sábado [9/3] um evento com todos os sócios em dia. Que venham ao clube discutir questões vitais e estratégicas dentro do Paraná Clube. Temos de aprender a discutir internamente, não na imprensa. Isso não traz benefício algum. Queremos passar a limpo muitas questões”.

Alfinetada na Império

“Fizemos um evento nessa semana [com a torcida organizada] e estamos partindo desse evento para conversar com todos os sócios. Tivemos representantes da torcida, principalmente a liderança da Fúria, que sempre representou uma liderança do torcedor do Paraná. Na minha gestão, a Fúria sempre foi, além de independente, uma parceira do clube. Hoje eles estão no Conselho Deliberativo, conhecem os números e têm total autonomia para seguir suas cobranças, suas ideia. Nesses últimos três, quatro anos, aconteceram diversas conversas, mas as situações não ficam sendo expostas, filmadas. As manifestações acontecem para gerar resultados, não para marketing. E, gostando ou não, entendemos e trabalhamos para que os desejos sejam atendidos”.

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