Paraná coleciona lições para ter um feliz 2009

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Mal se despediu da Série B neste ano, o Paraná volta suas atenções para a próxima temporada, com a intenção de fazer de 2009 um ano mais feliz ao torcedor paranista. A 11ª colocação na tabela ficou bem abaixo do que o clube pretendia, mas teve de achar um bom negócio terminar o campeonato na zona intermediária da tabela, visto que passou 16 das 38 rodadas na zona do rebaixamento.

Ao mesmo tempo que o desempenho do Tricolor em 2008 não vai deixar saudades, também será mantido na memória como parâmetro do que não pode se repetir na próxima tentativa de retorno à Série A. "Mesmo jogando bem, sempre faltava algo nos jogos. De certa forma, demoramos para entrar no espírito da Segundona. Perdemos muito dentro de casa", avalia o atacante Rodrigo Pimpão, provável único jogador a ter disputado toda a Série B que permanecerá para 2009.

Mesmo sabendo da importância de assegurar três pontos nos jogos como mandante, o Paraná teve 57,9% de rendimento na Vila. Isso porque o time deu uma arrancada no returno. Na primeira fase, venceu apenas três dos dez jogos em casa.

Já o presidente do clube, Aurival Correia, afirma que o fundamental é entrar na competição já com uma equipe-base e uma boa comissão técnica. Neste ano, o Tricolor havia adotado a premissa de aproveitar o Estadual para testar jogadores e fez contratos válidos até o final do Paranaense.

O resultado foi que o time precisou ser reformulado no começo do principal compromisso do calendário paranista e no returno da competição. Ao todo, mais de 70 jogadores defenderam o time.

Para 2009, o técnico Paulo Comelli pretende ter na base de atletas que disputarem o Regional o time para disputar o título da Segundona, mas com espaço para possíveis reforços no decorrer do período.

Com a permanência na Segundona, o Tricolor sabe que, além de assimilar todas essas lições, vai ter de usar o jogo de cintura para administrar um orçamento menor que o deste ano. A expectativa é não ultrapassar os R$ 6 milhões, 33,33% a menos que os gastos estimados em 2008. "Não é só gasto com folha de pagamento, temos também os custos da competição. Uma vez com tudo isso fechado, podemos pensar a longo prazo", diz o vice-presidente, Márcio Villela.

Hoje, deve ser definido o destino não só dos 11 jogadores que tiveram contrato encerrado ontem, mas de todo o atual elenco. Entre os que deixam a Vila Capanema estão o goleiro Fabiano Heves, que vai para o Mogi Mirim; o zagueiro Daniel Marques, que será emprestado ao Paulista de Jundiaí; e o atacante Ricardinho, que foi para o futebol coreano. Valorizado, o meia Giuliano é outro que dificilmente permanece; e o zagueiro Fabrício deve retornar ao Flamengo.