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O atacante Wando vai ao chão na péssima estreia paranista na Segunda Divisão: Zetti terá muito trabalho para arrumar o time | EduardoMartins/A Tarde/Futura Press
O atacante Wando vai ao chão na péssima estreia paranista na Segunda Divisão: Zetti terá muito trabalho para arrumar o time| Foto: EduardoMartins/A Tarde/Futura Press

Bahia 2 x 0 Paraná - Zetti terá muito trabalho. A julgar pelo o que o Paraná (não) mostrou ontem em Salvador, o técnico precisará de inspiração – e transpiração – para levar o Tricolor de volta à elite do futebol brasileiro. E, é claro, contar com uma ajudinha da diretoria na busca por reforços.

A derrota para o Bahia por 2 a 0, na largada da Série B, tornou ainda mais evidente os problemas do time. O Paraná jogou fora quatro meses de trabalho. Montou uma equipe para o Estadual. Não deu certo. O grupo não resistiu ao modesto quinto lugar. O momento pedia uma reformulação geral. Durante a intertemporada, peças foram mandadas embora. Outras desembarcaram na Vila Capanema. Mas os dirigentes ainda hesitavam sobre o que fazer com o comando técnico. Aurival Correia, presidente do clube, chegou a bancar a permanência de Velloso. Tempo perdido. Acabou convencido de que Zetti seria a melhor opção. Substituição sacramentada a poucos dias da estreia. Quatro para ser preciso.

Não podia dar certo. Como não deu. Sem tempo para "implantar a sua filosofia", o ex-goleiro apelou para uma série de alterações. Lançou de uma só vez de quatro novatos ante o Tricolor de Aço: do lateral-direito Marcelo Toscano, do zagueiro Aderaldo, do volante João Paulo e do atacante Alex Afonso. Apenas o primeiro se sobressaiu. Aderaldo, um dos mais experientes, perdeu a cabeça no segundo tempo e acabou expulso. Foi fazer companhia ao prata da casa Marcelo, de 18 anos, excluído ainda durante a etapa inicial por reclamar de ter sido driblado por Paulo Roberto, o autor do primeiro gol dos nordestinos. "Ficou muito mais difícil com as expulsões", avaliou o lateral-esquerdo Fabinho.

Mas seria injusto relacionar o revés, que por displicência dos donos da casa não se transformou em goleada, aos reforços. Os antigos decepcionaram. E muito. O goleiro Ney falhou no lance que originou a segundo gol do Bahia. O chute fraco de Reinaldo Alagoano passou por baixo do corpo do arqueiro. "Não dá para analisar, agora. É difícil", resumiu ele, contrariado. Bruninho também foi uma peça nula em campo. O mesmo raciocínio vale para o atacante Wando.

Pouco para quem pretende duelar entre os gigantes do país já em 2010. O jeito é aguardar que Davi (Avaí), Dinélson (Coritiba) e Malaquias (Bragantino), aquisições prometidas, sejam anunciadas logo, quem sabe a tempo de enfrentar a Ponte Preta, na sexta-feira. E torcer para que Zetti tenha muita inspiração. "Vamos consertar", promete ele.

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Em Salvador

Bahia

Marcelo; Dedé, Evaldo, Nen e Rubens Cardoso; Leandro (Lima), Rogério, Léo Medeiros e Elton (Alex Maranhão); Paulo Roberto e Reinaldo Alagoano (Avine)

Técnico: Alexandre Gallo

Paraná

Ney; Marcelo Toscano (Alex), Marcelo, Aderaldo e Fabinho; Agenor, Edimar, João Paulo e Bruninho (Kléber); Alex Afonso e Wando (Élton)

Técnico: Zetti

Estádio: Pituaçu. Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES). Gols: Paulo Roberto (B) aos 3/1º e Reinaldo Alagoano (B), aos 20/2º. Amarelos: Leandro e Elton (B); Marcelo, Agenor, João Paulo e Bruninho (P). Vermelhos: Marcelo e Aderaldo (P). Renda: R$ 137.940. Público pagante: 6.476

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