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Para o volante Rafael Mussamba, o Paraná está a um degrau do ápice no Paranaense. Depois de vencer o primeiro confronto da final contra a Adap por 3 a 0 e abrir uma imensa vantagem para o duelo de volta, desta vez em casa, dá para dizer que o pé tricolor já encostou no degrau de cima. Falta apenas firmá-lo. E é justamente para evitar que esse passo iniciado no domingo termine em tombo o desafio da equipe na semana decisiva. O clima de já-ganhou, evidente nas arquibancadas, é o inimigo número 1 na Vila Capanema.

"Futebol é traiçoeiro e há vários exemplos disso. Não queremos ser surpreendidos justo agora, e um clima de vitória antecipada só serve de subsídio para o adversário usar contra nós", afirmou o zagueiro Neguette.

De acordo com o camisa 3, é importante estar com a cabeça no lugar, pois o oponente deverá usar todos os artifícios para reverter o quadro, inclusive tentar desestabilizar os paranistas. "Vão fazer de tudo para nos enervar, cavar pênalti de tudo quanto é lado", opinou. Apesar de desejar uma nova vitória para coroar a campanha e festejar a conquista estadual, Neguette ressaltou que é o momento de se beneficiar do regulamento. Uma derrota por 2 a 0 ainda dá o troféu aos curitibanos. Saber perder, nesse caso, é lucro.

Mesmo mantendo o tom respeitador ao rival, Mussamba admitiu a confiança em alcançar o degrau restante. "É o time mais difícil que enfrentamos na competição, mas aqui dentro eles não tiram da gente", confessou, meio tímido. Foi o único a não duvidar da lógica, pendente para o Tricolor, invicto há 11 rodadas.

Beto, capitão e grande líder da equipe em campo, falou em alívio pelo dever cumprido. Leonardo, artilheiro tricolor com nove gols, foi quem mais perto esteve de fugir à cartilha. Ao falar do terceiro gol do time em Maringá, aos 46 do segundo tempo, ele assumiu ter pensado "que agora está bem pertinho do título".

Entre os torcedores, o já-ganhou é levemente contido – para não contaminar o elenco. O estudante Gabriel Nascimento, de 22 anos, que vai levar a mãe ao jogo, assumiu o discurso do "comemorar só depois". Tudo por lembrar da Copa Sul de 1999, quando festejou o título antecipado contra o Grêmio, após uma vitória por 2 a 0 no Couto Pereira, e saiu cabisbaixo do Pinheirão com o revés definitivo por 1 a 0. Os gaúchos haviam vencido o primeiro duelo por 2 a 1, em Porto Alegre.

Já outro estudante de 22 anos, Bruno Nadalin, não tem receio. Para ele, é bom "reservar o caminhão de bombeiro". Até o local da comemoração está planejado: a Vila Capanema. O sentimento paranista é resumido nas palavras de Alexsander Rodrigues Vieira, 18 anos, estudante. "Só com muita zica para perder o título".

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