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 | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

A trilogia de problemas ocorridos em 2009 continua a atormentar o Paraná no início desta temporada. Por causa da baixa média de público em casa, dos poucos atletas com contrato longo e da greve de jogadores por salários atrasados no fim do ano passado, cumprir o planejamento de 2010 vem se tornando mais complicado do que se esperava.

Para o vice-presidente de futebol, Aramis Tissot, o principal pro­­blema do clube é a ausência de torcedores nos jogos da Vila Ca­­panema. No último domingo, diante do Paranavaí, apenas 2.650 pessoas pagaram in­­gres­­so para assistir a segunda vitória do time na competição. Da renda de R$ 49.995, somente R$ 2 mil foram parar no cofre paranista. Na última Série B, a média de torcedores foi a sétima pior do torneio, com 3.493 expectadores por partida. Ao todo, em 19 partidas como mandante, somente 66 mil paranistas apoiaram o time no estádio.

"Sinceramente, é impossível fazer futebol assim. A torcida pre­­cisa aparecer. Se contabilizarmos o bicho das vitórias, ficamos no vermelho", diz Tissot, apelando para que os torcedores, mesmo os que não comparecem ao campo, tornem-se sócios do clube. "Atlé­­tico e Coritiba têm cerca de 20 mil associados cada. Não dá para acreditar que hoje nós reduzimos a três mil", complementa.

A paralisação de jogadores no fim da última temporada, causada pelo atraso de pagamentos, é outra dificuldade encontrada pela nova diretoria. De acordo com Tissot, a imagem do Paraná está arranhada junto a outros clubes e atletas. A antiga fama de bom pagador está abalada. "É uma herança que recebemos. Os jogadores conversam entre si e, por causa daquela greve, muitos estão desconfiados em vir para cá", aponta.

A intenção do departamento de futebol é de contratar pelo me­­nos dois outros reforços ainda para o Paranaense. A vinda de um meia de criação e de um za­­gueiro, ambos para compor o elenco, no entanto, virou uma interrogação por causa da falta de verba. "Fica uma preocupação na hora de contratar por causa da dificuldade para pagar. Vamos contratar, mas sem fazer bobagens. Nosso objetivo é recuperar a imagem do Paraná e subir de volta à Primeira Divisão".

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