Paraná “discute a relação” após empate em casa

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Colocar a cabeça no lugar foi a prioridade do Paraná no treino de ontem, dia seguinte ao empate com sabor de derrota para o Londrina. O 1 a 1 selado aos 48 minutos do segundo tempo, terceiro tropeço seguido dentro de casa, culminou em uma explosão de fúria no vestiário logo após o apito final. No trabalho regenerativo, o elenco admitiu o clima quente entre quatro parede, mas todos consideraram a cobrança normal.

"Houve uma divergência, mas sempre no intuito de vencer. Encaramos isso como profissionais", afirmou o capitão Beto, que deixou clara a necessidade de a equipe reagir rapidamente para não se ver excluída da briga pelo título. "Não podemos deixar sempre para depois", resumiu.

Pouco antes da leve atividade na Vila Capanema, a comissão técnica se reuniu com a diretoria para analisar o momento do time. Na seqüência, o técnico Luiz Carlos Barbieri conversou, calmamente, com todo o grupo dentro de campo. A serenidade na Vila constrastava com o frenesi da noite anterior.

"Eu estava indignado depois do jogo, não conseguia entender... Todo mundo estava de cabeça quente e houve uma cobrança maior no vestiário", contou o volante Rafael Mussamba, revelando ter perdido a paciência. "A discussão foi que todo mundo pecou", complementou, ressaltando que a reação coletiva teve tom de "desabafo", já que não era a primeira vez que o time deixava a vitória escapar por vacilos generalizados. "Esses pontos nós temos a obrigação de recuperar fora de casa, contra o União Bandeirante", concluiu.

O experiente meia Marcelinho – que Barbieri não vem utilizando ainda em função do condicionamento físico – confirmou o bate-boca em tom elevado. "É sempre para melhorar. Para chamar a atenção de que estamos perdendo prestígio e que teríamos que ter atenção os 45 minutos. Não podemos dar moleza desse jeito", falou, defendendo esse tipo de cobrança entre os companheiros.

Depois de ficar fora do jogo com o Londrina por causa de uma lesão na coxa-esquerda, o lateral-direito Parral também deve ser ausência em Bandeirantes. Perguntado, ao deixar o treino cabisbaixo, se terá condições de atuar, só balançou a cabeça negativamente.