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Paraná Clube e Adap entram em campo neste domingo, às 15h40 no Estádio Willie Davids, em Maringá, para o primeiro jogo da grande decisão do Campeonato Paranaense de 2006. Disputada em duas partidas, a final decidirá quem vai erguer a taça de campeão e coroar um trabalho árduo, porém excepcional feito até agora.

As campanhas, tanto do Paraná quanto da Adap, merecem um capítulo à parte. Mas o fato que resume esta situação, e lhe dá ares de um grande espetáculo, é que os dois times foram os que tiveram as melhores campanhas até a última fase.

Na fila por um título desde 1997, o Paraná volta a ter a chance de ser campeão estadual. A última vez em que esteve presente em uma decisão foi em 2002 contra o Atlético. Dali em diante foram campanhas sofríveis nos estaduais, e medianas no Campeonato Brasileiro. Após uma grande mudança de filosofia administrativa, comandada pelo presidente José Carlos de Miranda, o Tricolor montou um time forte, humilde e unido para 2006.

Já o time de Campo Mourão chega a uma final de Campeonato Paranaense pela primeira vez. Fundada há apenas sete anos, a Associação Desportiva Atlética do Paraná (Adap) é um exemplo claro, e quase solitário, de sucesso empresarial no futebol. Criado e conduzido como um clube empresa, a organização dos seus dirigentes transformou a cidade do Noroeste do estado em um "centro de futebol".

A motivação do time é grande, mas não supera a empolgação dos torcedores. Lotando o Estádio Roberto Brezinski, a simpatia da torcida foi sendo conquistada aos poucos e na fase final ganhou ainda mais força. A única decepção dos torcedores, que viram seu time eliminar os dois maiores e tradicionais times do estado (Atlético nas quartas de final e Coritiba na semifinal) foi a mudança do local na final.

Por uma imposição de regulamento, o jogo teve que ser transferido para Maringá, já que o estádio precisa comportar no mínimo 15 mil pessoas. "Perder o Roberto Brezinski é difícil. Machuca saber que o nosso público alvo, o povão que gosta de festa, não estará com a gente. Mais um motivo para quem for ao Willie Davids não ficar quieto um segundo sequer", disse Osvaldo Almeida torcedor da Adap ao jornal Gazeta do Povo.

Confiança Tricolor

O técnico Luiz Carlos Barbieri não teve maiores problemas para escalar o time. O zagueiro Gustavo retorna ao time após ter cumprido suspensão automática e reforça o competente sistema defensivo paranista. Nas outras posições, nenhuma novidade.

O comandante Tricolor falou da confiança e perseverança do elenco. "Eu tenho muita confiança na minha equipe, principalmente nos valores individuais. É uma equipe encorpada e confiante. Nós vamos respeitar o adversário, mas todos eles sabem o que queremos: o título", disse Barbieri.

O vice-presidente do Paraná, José Domingos, resume o sentimento do torcedor e da diretoria. "Desde que assumimos o time, nós pensamos em conquistar pelo menos um título. É lógico que não tem nada ganho, mas estamos muito próximos de conquistar isso para o nosso torcedor".

Adap: zebra?

A campanha do time mourãoense não permite que ninguém o considere um "azarão". Melhor campanha até o final da primeira fase, o time é aplicado e dedicação. "Se fizerem uma análise vão ver que ficamos na liderança durante o campeonato inteiro. Mantivemos a regularidade e não somos zebra nessa final. O título iria corar esses nossos seis anos de trabalho", explicou Edílson Godoi, diretor de futebol da Adap.

Como a oportunidade é única na história do clube, ninguém quer desperdiça-la. "Os jogadores estão contentes pela situação de chegar à final do Paranaense. Estão realmente animados com essa situação. Já que chegamos até aqui, queremos o título", completou Godoi.

O técnico Gilberto Pereira vai contar com o retorno do zagueiro Alex Noronha, do volante Mineiro e dos meias Souza e Felipe Alves. O time ainda está indefinido para a grande decisão e só será confirmado momentos antes da partida.

Adap x Paraná

Local: Estádio Willie Davids, em MaringáÁrbitro: Evandro Rogério Roman. Auxiliares: Roberto Braatz e Moisés Aparecido de Souza.

Adap – Fábio, Ângelo, Noronha, Dezinho e Ivan; Mineiro (Lino), Felipe Alves, Batista, Gildásio (Warlley) e Souza; Peabiru. Técnico: Gilberto Pereira

Paraná – Flávio, Gustavo, Émerson e Neguette; Goiano, Mussamba, Beto, Maicosuel, Sandro e Edinho; Leonardo. Técnico: Luiz Carlos Barbieri

Slideshow - Confira imagens das campanhas dos dois times

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