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Jogo chato só provoca sono e raiva na torcida

Ninguém esperava outra coisa. A despedida de uma equipe que não pretendia mais nada na competição, o Paraná, contra outra que já estava rebaixada, o Fortaleza, em uma sexta-feira à noite chuvosa, só poderia ser de dar sono e raiva.

Assim, dos mais de 90 minutos de bola rolando sobraram apenas os dois gols do 1 a 1. O primeiro, dos cearenses, em um vacilo da de­­fesa paranista. O goleiro Luís Carlos saiu mal, não cortou o cruzamento da direita e Marcelo Nicácio apenas rolou para a rede.

Desvantagem que durou pouco tempo. Logo na volta do intervalo, o Tricolor empatou com o artilheiro Marcelo Toscano, nove gols na competição. Bruninho bateu falta para a área e o camisa 9 desviou de cabeça.

Com o empate, nem mesmo a pretensão de subir um pouco mais na tabela foi alcançada pelo Paraná, motivação encontrada para correr na despedida. A equipe acabou terminando em um nada honroso décimo lugar, com 53 pontos.

Pode dizer apenas que fechou a disputa com dez partidas de invencibilidade. Porém, não se trata de um feito para ser comemorado. Afinal, foram seis empates e somente quatro vitórias, 18 pontos em 30 jogados. (AP)

O Paraná despediu-se ontem à noite da Série B sem saber ao certo para onde ir. Dentro de campo, um irrelevante 1 a 1 com o Fortaleza, no Durival Britto. Fora dele, o que realmente interessa ao fim da temporada, um clube à deriva.

Para se ter uma ideia do mo­­mento na Vila Capanema, a equipe passou a semana antes do confronto derradeiro ameaçando não entrar em campo. Como motivo, o atraso no pagamento de um salário e dois direitos de imagem. Até paralisação teve.

Situação contornada graças ao voto de confiança dado pelos atletas à diretoria, desde que ela se comprometesse a quitar a dívida antes de a bola rolar diante dos cearenses. Assim foi feito, durante a tarde de ontem, na concentração. Os salários foram pagos e o restante foi acertado em cheques pré-da­­tados, na esperança, por parte da di­­retoria, de que o dinheiro da venda de parte de alguns de suas revelações vai finalmente cair na conta.

Situação complicada com um grupo em que a maioria tem permanência indefinida. Dezoito jogadores têm seus contratos vencendo até o fim do ano.

"Agora vamos pensar no futuro, ver as propostas, como as coisas vão acontecer no Paraná. Vou ver durante a semana se a diretoria vai me procurar para ver se eu continuo", declarou o atacante Marcelo Toscano, um dos destaques da equipe.

Quanto à comissão técnica, a situação é semelhante. Há duas semanas, a renovação de Roberto Cavalo era dada como certa. Po­­rém, o acerto foi sendo postergado, dia após dia, e o Tricolor encerra a competição sem essa definição.

Do lado da diretoria, é o treinador que pediu alto demais para continuar. Para Cavalo, o problema é o Paraná ter oferecido um contrato só até o Paranaense, e não de um ano como ele quer, além da falta de garantias da permanência do elenco.

"Tivemos duas conversas sobre o lado financeiro. Não é nada absurdo. Sempre conversamos mais sobre a competição, o planejamento, prioridades de contratação. Essa semana muitas coisas aconteceram. Mas deixei claro. Assim como eles querem que eu fique, eu também quero", comentou Cavalo.

Uma pendência a menos foi a confirmação do diretor de futebol Paulo Welter. Ontem, ao final do jogo, após durante a semana ter dado várias declarações de descontentamento, Welter avisou o seu desligamento.

Tantas dúvidas e uma só certeza. O presidente Aquilino Romani, que toma posse na próxima quarta-feira (dia 2) no lugar de Aurival Cor­­­reia, terá muito trabalho pela frente.

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