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Lusa soube aproveitar falhas paranistas para marcar duas vezes e aumentam a infelicidade tricolor na Série B | Pedro Serápio / Gazeta do Povo
Lusa soube aproveitar falhas paranistas para marcar duas vezes e aumentam a infelicidade tricolor na Série B| Foto: Pedro Serápio / Gazeta do Povo

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  • A partida foi bastante equilibrada na maior parte dos 90 minutos
  • Davi se esforçou, mas sem os gols, o Tricolor acabou punido na defesa
  • À beira do gramado, Roberto Cavalo viu suas alterações não funcionarem e a derrota se confirmar
  • Nas arquibancadas, desânimo e indiferença tricolor diante de mais um vexame em casa

O pior aproveitamento do Paraná Clube como mandante nos últimos 10 anos (53,3%) ganhou mais um triste capítulo na noite desta sexta-feira. Mesmo atuando na Vila Capanema, o Tricolor voltou a errar demais na defesa, não ter competência na hora de marcar e perdeu por 2 a 0 para a Portuguesa. O resultado marca o período de um mês da equipe sem vencer dentro dos seus domínios.

Pouco mais de 3 mil pessoas fizeram a sua parte e foram incentivar os paranistas para cima da Lusa. Apenas a vitória interessava aos paulistas, ainda alimentando a esperança de subir para a Série A, enquanto o Tricolor também necessitava dos três pontos para primeiro se afastar ainda mais da zona do rebaixamento, e depois ainda manter vivo o sonho distante de chegar ao G-4.

O equilíbrio foi a tônica da partida em sua maior parte, mas a bola aérea deu início ao calvário paranista ainda no primeiro tempo. O atacante Zé Carlos aproveitou e abriu o placar. O técnico Roberto Cavalo fez alterações para o segundo tempo que não funcionaram e uma falha bisonha do zagueiro Montoya, recuando de forma errada, selou o segundo gol visitante e mais um revés em casa para o Paraná.

Sob uma chuva de vaias, o Tricolor também segue rondando a área da degola e tentará a reabilitação no próximo sábado (10), novamente na Vila Capanema, contra o Atlético-GO. Já a Portuguesa ficou a três pontos do grupo que subirá em 2010 e vai em busca de nova vitória na próxima terça-feira, no Canindé, frente ao São Caetano.

Equilíbrio no primeiro tempo é vencido pela bola aérea da Lusa

Como os objetivos de Paraná e Portuguesa nesta sequência de Série B dependiam exclusivamente da vitória, era esperado que os dois times buscassem o ataque desde o início. O ímpeto era paranista, sobretudo pela pressão sentida das arquibancadas desde o início. Todavia, a equipe de Roberto Cavalo tinha dificuldades para se encontrar em todos os setores do campo, dando brecha para os contra-ataque dos visitantes.

Mais calma, a Lusa criou as chances mais claras de gol, tanto que com 10 minutos já havia tido duas oportunidades claras, uma mandada pela linha de fundo e a outra parada pelo goleiro Zé Carlos. Apesar de ficar mais com a bola no primeiro tempo, o Paraná sempre se viu rondado pelas descidas rápidas dos laterais e meias do time de Vagner Benazzi, a maioria delas perigosas.

Só a partir dos 25 minutos é que o Tricolor passou a neutralizar as jogadas ofensivas do adversário e começou a ensaiar uma pressão contra a meta do goleiro Muriel. Entretanto, o time insistia muito em chutes de longa distância, e quando tentava entrar tocando na área da Portuguesa, acabava mostrando uma incapacidade de acertas os passes, irritando a torcida já ansiosa.

O castigo veio por um meio já "clássico" do Paraná tomar gols nesta Série B: a bola aérea. Sempre que os adversários do Tricolor sabem explorar esta deficiência, as chances de gol aumentam. Ciente disso, o atacante Zé Carlos aproveitou levantamento de Simão e subiu livre, entre os zagueiros paranistas, para abrir o marcador. O gol esquentou a partida e fez os donos da casa partirem desesperadamente para cima da Lusa.

O Paraná até criou pelo menos três chances muito boas de marcar, mas foi a vez de Muriel se destacar e garantir a vantagem da Portuguesa. O resultado até ali não ia afastando o Tricolor da zona do rebaixamento e prometia ainda mais pressão da torcida contra o time da casa. Os xingamentos vindos das sociais no intervalo davam uma boa mostra disso.

Alterações e falha bisonha de Montoya fecham caixão paranista

"Tivemos uma semana puxada né?". Com está frase Vagner Benazzi deu mostras de que a Lusa tiraria o pé no segundo tempo, procurando administrar a parte física e o resultado parcial. Do outro lado, Roberto Cavalo voltou para o jogo com duas alterações, sacando Élton e Adriano para as entradas de Elvis e Wellington Silva. Esperava-se um Paraná mais ousado e ofensivo. Não foi o que se viu dentro das quatro linhas.

Principal nome do ataque do Tricolor, Davi praticamente sumiu da partida e qualquer reação murchou. Quem entrou também não demonstrou muita inspiração, aumentando o nervosismo da equipe da Vila. Já a Lusa seguiu marcando forte e, em uma única descida com Zé Carlos, quase chegou ao segundo gol, em um chute de longa distância. Mas o pior estaria por vir.

Aos 16 minutos, em um lance despretensioso, o zagueiro Montoya tinha a bola dominada e foi recuar de cabeça. Acabou se atrapalhando e o passe curto foi aproveitado por Zé Carlos, que ganhou a jogada do goleiro homônimo do Paraná e anotou o segundo dos visitantes. Esta "entregada de ouro" praticamente tirou qualquer esperança de reação, tanto que alguns torcedores preferiram nem ficar até o final do jogo. Quem ficou mais vaiava do que apoiava.

O comandante paranista ainda sacou Davi para a entrada de Wando, recebendo em troca vários gritos de "burro" vindos das arquibancadas. No gramado esta terceira alteração também não melhorou o futebol tricolor, que seguiu com mais posse de bola, porém não soube como chegar e criar chances de diminuir o vexame. Chance mesmo de marcar o terceiro teve a Lusa, mas o "funeral" tricolor seguiu sob muitas vaias.

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