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A bandeira branca foi hasteada na Vila Capanema. Após a reunião de segunda-feira entre a comissão técnica e os jogadores, ninguém mais fala em crise no Paraná. A série de declarações atravessadas – originadas na derrota por 2 a 0 para o Botafogo (quando o técnico Luiz Carlos Barbieri acusou o atacante Borges de ter sido "fominha") – foi deixada de lado.

Pelo menos nas entrevistas, o discurso voltou a ser de otimismo para a partida de hoje, às 21h45, contra o Santos, no Pacaembu. Uma vitória garante o Tricolor (sétimo colocado com 57 pontos) na Copa Sul-Americana com três rodadas de antecedência.

"Temos que esquecer o passado. Bastou uma boa conversa para que tudo fosse resolvido. Se na família da gente já há desentendimentos e brigas, você acha que num time de futebol não vai ter? Isso é normal", argumenta o zagueiro Daniel Marques.

De volta ao posto de capitão da equipe com a contusão do zagueiro Marcos, que devido a uma pubalgia não deve mais participar das quatro rodadas finais do Brasileiro, o volante Beto ressalta o poder de superação do grupo.

"O que passou, passou. Não adianta ficar remoendo. O grupo é forte e as divergências já foram discutidas e resolvidas", afirma. "Temos agora que pensar em jogar bem, conseguir os três pontos e colocar o Paraná na melhor colocação possível no campeonato", completa.

Beto parece ter razão no que diz. A lavagem de roupa suja fez bem ao elenco. Ontem, no treino que definiu os titulares para o confronto com o Peixe, pode se perceber um ambiente mais tranqüilo.

"A gente estava precisando de uma conversa franca. Foi proveitosa. Aqui é olho no olho, sem trairagem. Debatemos, nos acertamos e é bola pra frente. Vamos em busca do resultado que sela a nossa classificação para a Sul-Americana", explica Barbieri.

E o adversário não poderia ser mais propício para o Tricolor se reencontrar com a paz. O Santos de hoje não é nem sombra daquele que encantou o Brasil ao conquistar dois títulos nacionais em três anos. O ex-time de Robinho vem de quatro derrotas seguidas, sendo duas por goleada – 7 a 1 para o Corinthians e 4 a 0 para o Internacional.

O Peixe não terá nem a torcida como trunfo. Punido pelo STJD com a perda de três mandos devido às confusões no clássico com o Timão no primeiro turno (derrota por 3 a 2), a partida foi transferida da Vila Belmiro para o Pacaembu com os portões fechados. "É diferente. Nunca participei de um jogo assim. Parece mais um coletivo valendo três pontos", diz Daniel Marques.

Em meio à crise santista, o técnico Nelsinho Baptista já começa a reformular o grupo visando 2006. Ele vai levar para o banco de reservas alguns juniores. São eles: os meias-atacantes Rossini (20 anos), Rivaldo (20) e Fellipe Nunes (18) e o volante Bruno Martins (19). O zagueiro Matheus, também oriundo das categorias de base, começa jogando.

- Paraná x Santos no Premiere.

Em São Paulo

Santos

Mauro; Zé Leandro, Rogério, Matheus e Carlinhos; Fabinho, Heleno, Ricardinho e Giovanni; Pitbull (Basílio) e Geílson.Técnico: Nelsinho Baptista.

Paraná

Flávio; Neto, Daniel Marques, Aderaldo e Edinho; Pierre, Mário César, Beto e Tiago Neves; Sandro e Borges.Técnico: Luiz Carlos Barbieri.

Estádio: Pacaembu. Horário: 21h45. Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho (DF). Auxs.: César Augusto de Oliveira Vaz (DF) e Rogério Monteiro Oliveira (DF).

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