• Carregando...

O sonho do Paraná de chegar pela primeira vez à Libertadores continua vivo nos sete jogos que restam no Brasileiro. Entretanto, após duas derrotas consecutivas, com seis gols sofridos e nenhum marcado (2 a 0 para o Flamengo e 4 a 0 contra o Atlético), o discurso conformista de satisfação com a fuga do rebaixamento e a presença na faixa da Sul-Americana começa a se consolidar na Vila Capanema.

Já na entrevista coletiva após a goleada sofrida no sábado, o técnico Caio Júnior falou que a campanha é muito boa pelos problemas financeiros, pela falta de um psicólogo e até por dificuldades de relacionamento entre jogadores.

Ontem, foi a vez do presidente José Carlos de Miranda demonstrar satisfação com as conquistas obtidas na competição. O dirigente espera a classificação ao torneio continental até para obter uma arrecadação maior no ano que vem, mas se mostra conformado com a realidade atual.

"Disputamos um campeonato à parte com outros seis clubes (Juventude, Figueirense, São Caetano, Santa Cruz, Fortaleza e Ponte Preta) que são desvalidos da sorte como nós (recebem apenas R$ 3,9 milhões de cota televisiva anual) e estamos na frente de todos eles. Nossa obrigação é essa", avisa.

"O campeonato é financeiro. Vejam quem vai ser campeão. É o São Paulo, que tem uma das maiores cotas. E quem vai ser rebaixado são os que tem as menores", afirma o dirigente, se referindo à Macaca, ao Leão do Pici, ao Azulão e à Cobra Coral.

As palavras do presidente paranista casam com a situação atual do time na tabela. Na sexta posição com 49 pontos, a queda para a Segunda Divisão é impossível e a não classificação à Sul-Americana improvável, mas a ousadia de conquistar um posto entre os cinco primeiros precisa ser recuperada.

Para isso, na reapresentação do grupo uma palestra com mais de uma hora de duração foi organizada pela comissão técnica. Na presença da diretoria a idéia foi mostrar que o cenário do Tricolor ainda é positivo, pois nas rodadas que faltam existem confrontos diretos diante de concorrentes a um lugar no continental (Cruzeiro, quinta-feira, em Belo Horizonte, e Vasco, semana que vem, no Rio).

"Perguntamos aos jogadores se queriam a Sul-Americana ou a Libertadores e todos disseram a Libertadores. O clube realmente tem problemas financeiros, mas não há atrasos de salários ou premiações", afirma o vice-presidente José Domingos.

Caio Júnior vê nos sete compromissos finais uma "Copa do Mundo". Para ele, vai ser preciso cada atleta crer na possibilidade de classificação ao continental e se sacrificar dentro e fora do campo.

"Já saímos de qualquer possibilidade de rebaixamento e estamos no grupo da Sul-Americana, o que não é fácil. Dá para chegar na Libertadores, mas além de querer é preciso acreditar", diz Caio Júnior.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]