• Carregando...
O primeiro jogo foi uma verdadeira "guerra", mas o Paraná saiu vitorioso com o convincente placar de 2 a 0 | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
O primeiro jogo foi uma verdadeira "guerra", mas o Paraná saiu vitorioso com o convincente placar de 2 a 0| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Potosí – Jogando a 4.070 metros de altitude, o Paraná não foi páreo para o Real Potosí. Ao levar de 3 a 1 dos donos da casa ontem à noite, conheceu sua terceira derrota consecutiva na Libertadores, complicando uma classificação que parecia fácil ao vencer duas vezes logo de cara no Grupo 5.

Com o resultado, o time da Bolívia tomou a segunda posição do Tricolor. Agora as duas equipes estão com seis pontos e empatadas também no saldo de gols, mas os potosinos levam vantagem por terem marcado oito vezes no torneio, contra sete do adversário direto.

Na teoria, porém, o Paraná tem vida mais fácil nos jogos decisivos. Encara o já eliminado Unión Maracaibo, na Vila Capanema, enquanto os bolivianos terão de ir até o Maracanã enfrentar o líder Flamengo.

O problema é que, mesmo garantindo a vaga, o representante paranaense corre sérios riscos de ser o de pior campanha entre os 16 classificados. Hoje isso representaria enfrentar nas oitavas-de-final o Santos, que com 100% de aproveitamento vem mantendo uma trajetória impecável e a liderança geral.

É inegável que os problemas trazidos pelo ar rarefeito – com cerca de 60% do oxigênio encontrado ao nível do mar – atrapalharam o Tricolor no jogo de ontem. Para complicar, o gramado foi deixado muito alto para cansar ainda mais os visitantes.

Mas também cabe lembrar que, com todas a adversidades, o Rubro-Negro carioca e até o fraco Maracaibo conquistaram empates por 2 a 2 em Potosí. E, para quem viu o jogo de ontem, não há como dissociar muito a derrota dos erros cometidos pela equipe, principalmente na defesa.

A pressão inicial dos donos da casa resultou em gol aos 23 minutos, quando Gatty cruzou para o zagueiro Rodríguez completar de cabeça. Depois do golpe, o Paraná viveu seu melhor momento e chegou ao empate logo em seguida, num contragolpe em que Beto lançou Gérson. O meia ainda deixou o marcador no chão e tocou na saída de Burtovoy.

Algumas outras jogadas em velocidade antes do intervalo até deram a impressão de que o time brasileiro poderia vencer e garantir a vaga. Porém na segunda etapa a pressão boliviana foi constante e o Paraná praticamente deixou de incomodar. Muito por causa do cansaço do trio ofensivo Gérson – que saiu direto do gramado para o tubo de oxigênio –, Dinélson e Henrique.

Não fossem as intervenções do goleiro Flávio, o placar seria mais elástico. Porém ele não conseguiu evitar os gols de Brandan aos 24 minutos, num belo chute de fora da área aproveitando a velocidade da bola cerca de 30% maior acima dos 4 mil metros, e o do brasileiro Edu Monteiro cinco minutos depois, que derrubaram o Tricolor e ressuscitaram o Potosí na altitude.

* * * * * *

Em PotosíReal Potosí 3 x 1 Paraná

Real PotosíBurtovoy; Eguino, Marco Paz e Rodríguez (Líder Paz); Gatty (Aguilera), Suarez, Calustro, Brandan, Peña e Colque; Edu Monteiro. Técnico: Maurício Soria.

ParanáFlávio; Daniel Marques, João Paulo e Toninho; Goiano (Vinícius Pacheco), Xaves, Beto, Gérson (Alex), Dinélson (Joélson) e Egídio; Henrique. Técnico: Zetti.

Estádio: Mario Mercado Vaca Guzmán. Árbitro: Ricardo Grance (PAR). Gols: Rodríguez (RP) aos 23’ e Gerson (P) aos 29’ do 1. tempo; Brandan (RP) aos 24’ e Edu Monteiro (RP) aos 29’ do 2. tempo. Amarelos: Xaves, Daniel Marques (P).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]