• Carregando...
O período de quatro meses em Joinville dará tempo ao Coritiba para montar a estrutura de cadastramento nas bilheterias | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
O período de quatro meses em Joinville dará tempo ao Coritiba para montar a estrutura de cadastramento nas bilheterias| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
  • A Arena já tem câmeras de vigilância, mas torcedores terão de ser clicados nas bilheterias
  • A principal reclamação do Tricolor é com a venda de ingressos fora da Vila Capanema

Atlético, Coritiba e Paraná reagiram de maneiras distintas à notificação recebida da prefeitura por não atenderem plenamente às exigências da lei municipal que obriga os clubes a identificar os torcedores no ato da compra do ingresso.

O departamento jurídico do Tricolor, por exemplo, estuda a possibilidade de ingressar na Justiça para derrubar a lei sancionada pelo prefeito Beto Richa em janeiro. "O departamento jurídico do clube vai entrar com uma ação, um pedido de liminar. Segundo essa lei, nós temos de ter câmeras em todos os pontos de venda ingressos. Eu vou colocar esse sistema no quiosque do shopping, onde vende ingresso?", reclama o advo­­gado clube, Alessandro Kishi­­no, por telefone, à Gazeta do Povo. Na quarta-feira vence o prazo para que os clubes apresentem ao poder público o que estão fazendo para se adaptar à lei.

No Coritiba, o tempo de exílio de quatro meses, por causa da pu­­nição imposta pelo Superior Tri­­bunal de Justiça Desportiva (STJD), dá tranquilidade. O Coxa não man­­­­dará seus dez primeiros jogos na Série B no Couto Pereira. Apesar disso, de acordo com a assessoria de imprensa do clube, já há o ca­­dastro completo dos sócios.

O Atlético aproveitou os 30 dias pós-notificação para ampliar o ca­­dastro de torcedores. Nas partidas contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil, e Coritiba, pelo Paranaense, quem adquiriu ingressos avulsos teve de preencher um cadastro com nome e endereço. No entanto, a lei municipal exige que o torcedor seja cadastrado com foto e comprovante de endereço.

Caso a notificação não seja cum­­prida, os clubes estarão sujeitos à multa (R$ 5 mil a R$ 10 mil). Na hipótese de desobediência à lei, mesmo após a aplicação das penalidades, será cassado o alvará de localização e funcionamento do estádio de futebol.

Funcionários dos clubes, próprios ou terceirizados, com desempenho de alguma atividade no local da partida, também devem ser identificados e portar documento que permita a visualização de seu nome, função e foto.

Segundo o vereador Tico Kuzma (PSB), autor da lei ao lado de Roberto Aciolli (PV) e Juliano Borghetti (PP), a multa pode não ocorrer em um primeiro momento. "Queremos saber o que os clubes estão fazendo para se adequar à lei. Sabemos que não é uma transição simples. No entanto, essa é a minha opinião, mas a decisão final depende do órgão de fiscalização da prefeitura", diz Kusma.

Entenda a lei

Em vigência desde 5 de abril, o cadastro do torcedor (com foto e comprovante de endereço) deveria ser feito no ato da compra do ingresso e valeria para estádios com capacidade superior a 15 mil lugares de Curitiba.

Além disso, os clubes estariam obrigados a colocar câmeras em todos os acessos do estádio. As imagens ficariam arquivadas por 30 dias. A ideia é inspirada em um sistema similar implantado pelo Interna­­cional no Beira-Rio. Em 2007, quando adquiriu os equipamentos, o clube gaúcho desembolsou R$ 150 mil.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]