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A "cruzada paranista contra os erros da arbitragem", como definiu o advogado Domingos Moro, representante do Paraná no Rio de Janeiro, avançou mais um pouco. O pedido de impugnação da partida contra o São Paulo, por erros do árbitro Leonardo Gaciba e do auxiliar José Silveira, levou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a determinar que o resultado do jogo – derrota de 1 a 0 do tricolor paranaense – não seja homologado pela Confederação Brasileira da Futebol (CBF).

A entidade admitiu ter recebido a notificação, mas o departamento técnico limitou-se a anunciar que não haverá mudanças na classificação até que o caso seja julgado – provavelmente em duas semanas.

A atitude do STJD, comum nesses casos, é o segundo passo da difícil investida tricolor. As chances de ter o resultado revisto por falha do apito é mínima e o clube sabe disso, mas o advogado Domingos Moro aposta no testemunho dos envolvidos para sonhar com uma vitória inédita no tribunal.

"Com a presença do auxiliar, que segundo consta admitiu ter errado, pedindo desculpas aos jogadores do Paraná, fica menos improvável a impugnação da partida", afirma, se agarrando aonde pode.

A alegação de Moro é que o bandeirinha assinalou o impedimento antes da definição da jogada, o que seria contrário à nova regra da Fifa. "No meu ponto de vista, isso é mal-aplicação da regra, ou seja, erro de direito", garante.

Visão diferente da apresentada pelo procurador do STJD Paulo Schmitt, que considera muito difícil constatar o erro de direito – o desconhecimento da regra –, única forma de garantir o triunfo no campo jurídico.

Ciente das chances reduzidas no STJD, o Paraná tem como missão não deixar os erros grosseiros da arbitragem passarem impune. A busca pela reparação nos tribunais já chega ao terceiro episódio, pois em 2006 os jogos contra Fluminense e Grêmio, fora de casa, também geraram o mesmo pedido de impugnação. "É uma cruzada do Paraná contra os erros da arbitragem para que eles sejam responsabilizados por seus atos, ganhe ou não o clube os pontos em questão", diz.

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