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O atacante Adriano passou em branco mais uma vez com a camisa tricolor | Pedro Serápio/Gazeta do Povo
O atacante Adriano passou em branco mais uma vez com a camisa tricolor| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Jogar na Vila Capanema continua a ser mais difícil do que de­­veria para o Paraná. Ontem, o Tri­­­color novamente não conseguiu alegrar a torcida. Resultado: perdeu para a Por­­tu­­guesa, por 2 a 0, a segunda derrota (em três partidas) dentro de ca­­sa com Ro­­berto Cavalo no comando. O atacante Zé Carlos (e não o goleiro paranista) foi o nome do jogo, com dois gols. Ao fim da rodada, dependendo dos resultados, a de­­gola poderá ficar a apenas três pontos.

"A equipe jogou bem novamente no primeiro tempo, mas demos espaço para eles fazerem o gol. Hoje (ontem) fomos incompetentes", avaliou o capitão Ado­niran. "É difícil de entender o que está acontecendo. Tecni­­camente não estamos conseguindo criar as jogadas e concluir em gol", completou o vo­­lante, que não reclamou das vai­as da torcida ao fim do duelo.

A falta de criatividade do time paranista ficou evidente no primeiro tempo. Com três zagueiros e três volantes, Davi jogava isolado no setor de armação. So­­brecarregado, o meia era presa fá­­cil para a marcação da Lusa. Por outro lado, os vistantes estavam soltos em campo e, com tranquilidade, trocavam passes para procurar o melhor momento para avançar.

A facilidade era tanta que, até os 20 minutos, só a equipe de Vág­­ner Benazzi atacava com perigo. O lado direito, especialmente com o lateral Simão, era a principal fonte de jogadas. Tanto é que em uma delas, aos 34 minutos, a defesa tricolor vacilou e o lateral-direito apareceu livre para cruzar. O centroavante Zé Carlos, desmarcado, escolheu o canto e, de cabeça, balançou a rede.

Após conceder o primeiro, o Pa­­raná esboçou uma tímida reação. Mas parou na falta de afinidade de seus jogadores com o gol.

A superioridade da Lusa se manteve na etapa final. Nem mesmo as alterações do técnico Ro­­berto Cavalo (entrada de Elvis e Wellington Silva nos lugares de Élton e Adriano) conseguiram mudar o rumo da partida. Pelo contrário: poucas chances criadas e a velha "boa vontade" da de­fensiva tricolor. Em um lance de infelicidade, o zagueiro Mon­toya definiu o restante do confronto. Aos 16, o defensor tentou – sem sucesso – recuar de cabeça para o goleiro Zé Carlos. O outro Zé Carlos, atacante da Portuguesa, agradeceu e am­­pliou o placar.

De resto, Davi e Elvis ainda obrigaram o goleiro Muriel a fa­­zer algumas boas defesas. Porém, muito pouco para quem precisava ganhar em casa para se afastar da ZR.

"Temos de botar os pés no chão. O Paraná é grande demais para ficar nessa situação", disse o goleiro Zé Carlos. "Estamos oscilando demais. Perdendo em casa e ganhando fora de casa. Se não conseguirmos colocar a cabeça no lugar, se deixarmos as coisas para o final (da Série B) as coisas podem ser piores", emendou o zagueiro Montoya.

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Veja ficha técnica do jogo Paraná X Portuguesa

Em Curitiba

Paraná

Zé Carlos; Montoya, Élton (Elvis) e Luís Henrique; Murilo, Adoniran, João Paulo, Luiz Camargo, Davi (Wando) e Márcio Goiano; Adriano (Wellington Silva).

Técnico: Roberto Cavalo.

Portuguesa

Muriel; Bruno Rodrigo, Preto Costa e Domingos; Simão (Fernandinho), Acleisson, Marco Antonio,Preto e Marco Aurélio; Fellype Gabriel (Rafael Silva) e Zé Carlos (Kempes).

Técnico: Vágner Benazzi.

Estádio: Vila Capanema. Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF). Gols: Zé Carlos 34/1º e 16/2º (PO). Amarelos: Élton, Montoya, Luís Henrique (PA); Acleisson, Preto, Fernandinho (PO). Público Pagante: 2.858 (3.135 total). Renda: R$ 41.605.

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