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Repercussão

Em meio a algumas perguntas da imprensa paulista sobre a postura "retranqueira" e pouco ofensiva do Paraná diante do Corinthians no empate entre as duas equipes

Diante de uma massa de torcedores apoiando o Corinthians no Morumbi, o Paraná jogou com maturidade, se aplicou na defesa, e trouxe um bom empate para Curitiba. O resultado de 0 a 0 mostrou o que foi a partida, sem muitas emoções, mas com chances para os dois lados saírem vitoriosos do gramado.

Nos donos da casa, o Timão sentiu e muito a ausência do meia William (que está com a Seleção Brasileira Sub-20), e com pouca criatividade, não conseguiu mais do que muita posse de bola e um arremate na trave. No restante do jogo, o goleiro Flávio teve pouco trabalho, graças também ao ótimo posicionamento do trio de zagueiros do Tricolor.

No ataque, o artilheiro Josiel correu muito, lutou, teve uma das melhores oportunidades da partida, porém ficou muito isolado. Vinícius Pacheco esteve bastante apagado, assim como Vandinho. As entradas de Everton e Joélson até melhoraram o setor ofensivo paranista, mas foi pouco. É verdade que não houve a inspiração de outras partidas, entretanto até os avantes também gostaram do resultado.

Na próxima rodada, o Paraná recebe o Sport na Vila Capanema. Já o Corinthians vai até o Rio de Janeiro jogar contra o líder Botafogo.

Defesas se sobressaem sobre ataques no 1.º tempo

Com mais de 34 mil corintianos no Morumbi, era esperado que o Alvinegro paulista procurasse o gol desde o início. Com iniciativa e vontade, apenas. Mostrando maturidade, o Paraná manteve a calma, e apesar de ceder algum espaço no meio-campo, mostrou uma boa postura defensiva, anulando as principais peças do Timão.

Os donos da casa ensaiaram uma pressão até os 15 minutos, mas sem sucesso. A maior iniciativa e os toques de bola no meio não evoluíam em lances claros de gols por conta da forte marcação tricolor. É verdade que, desta maneira, os paranistas abusaram das faltas, contudo sem violência, apenas matando jogadas – o que é um artifício do futebol.

A partir dos 25 minutos, o Tricolor começou a se soltar no jogo, atuando como sabe melhor: nos rápidos contra-ataques. Com muita velocidade, a equipe visitante passou a preocupar a defesa corintiana, que já havia perdido Fábio Ferreira por lesão. Mesmo sem uma marcação individual, Josiel encontrava dificuldades, uma vez que sempre que a bola chegava aos seus pés, havia uma legião de adversários ao redor.

As emoções e os arremates a gol também só começaram a aparecer após a primeira parte da etapa inicial. O Corinthians teve apenas um, que não levou perigo ao goleiro Flávio. Já o Paraná chutou três vezes. Na mais perigosa, Márcio Careca bateu forte, cruzado, mas para fora. Se com os pés não estava dando, coube ao artilheiro do Brasileirão tentar marcar de outra forma.

Depois de bola alçada na área, Josiel cabeceou no cantinho direito, e o goleiro Felipe foi buscar, fazendo uma ótima defesa. Foi a melhor chance do primeiro tempo. Na saída do gramado, o técnico Pintado enalteceu o futebol dos seus comandados, e acreditava que apenas alguns detalhes separavam o Paraná da abertura do placar.

Na etapa final, equipes melhoram, mas param na trave e nos goleiros

Com a necessidade de somar três pontos em casa, o Corinthians veio para o segundo tempo sedento pela vitória. Contudo, assim como nos primeiros 45 minutos, a grande posse de bola e domínio dos rebotes pouco resultaram em boas jogadas de ataque. Muito pelo contrário: o Alvinegro insistiu nas bolas cruzadas na área.

Já o Paraná voltou mais retraído, ainda assim apostando nos contra-ataques. Mas a forte marcação também do lado corintiano deixou a situação difícil para Josiel e seus companheiros no setor ofensivo. Isolado, o atacante pouco pôde fazer para deixar a sua marca.

O técnico Pintado até tentou mudar a situação com a entrada de Everton no lugar de Vinícius Pacheco. Entretanto, a situação permaneceu praticamente inalterada. Na melhor chance para os paulistas, Clodoaldo recebeu passe de cabeça de Rosinei e tocou com a ponta do pé. A bola explodiu na trave direita de Flávio.

Esse foi o lance solitário de perigo criado pelo Corinthians. Depois da entrada de Joélson, o Tricolor melhorou um pouco mais, e em duas jogadas, quase saiu com a vitória. A primeira saiu dos pés de Everton, que driblou um adversário e bateu forte. A bola acertou o rosto do goleiro Felipe e saiu pela linha de fundo.

No final, Daniel Marques subiu sozinho de cabeça, depois de escanteio, e cabeceou para fora. Se o gol tivesse saído, a noite dos defensores estaria feita. Mas o empate sem gols persistiu até o apito de Wagner Tardelli.

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