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Tricolores

Novela – Não foi fechada ontem a venda do centroavante Josiel para o futebol russo. Ele treinou normalmente ontem e foi para a concentração com outros 18 companheiros. Se nenhuma novidade aparecer até a hora do jogo com o Botafogo, às 18h10 de amanhã, deve vestir novamente a camisa 9 tricolor.

Time – Como o treino foi em local secreto, não se sabe muito sobre a escalação que o técnico Gílson Kleina colocará em campo. Ele avisou apenas que "vai ter mexida sim".

Reforço – O meia Rodrigo Beckham chegou ontem à Vila Capanema, vestiu uniforme de treino e foi correr. O acerto com o clube, porém, seria feito durante a noite com a vinda do seu pai à Curitiba. O jogador de 31 anos, com passagens por Botafogo, Everton-ING, Corinthians, Vasco e Atlético, disputou o Carioca deste ano pelo Boavista e estava mantendo a forma no CT do São Paulo.

Por volta das 15h15 de ontem, logo após deixar a Vila Capanema, o ônibus levando a delegação paranista para o treino – marcado para o campo da empresa Siemens, na Cidade Industrial – perdeu contato com a torre de controle. Só foi aparecer novamente mais de três horas depois, estranhamente retornando de Quatro Barras.

Tudo parte de um estranho plano da diretoria para impedir qualquer tentativa de espionagem do técnico botafoguense Cuca, adversário da partida de amanhã. Estratégia que envolveu inclusive passar informações erradas para os repórteres que fazem a cobertura do clube.

A assessoria de imprensa avisou pouco antes da saída da Vila que o treino seria secreto, sem comentar nada sobre uma possível mudança de local. No momento, equipes da Gazeta do Povo e da RPC TV já se dirigiam à Cidade Industrial, para pouco depois receberem do porteiro da empresa a informação de que o campo não havia sido reservado pelo Paraná.

Apressado para embarcar, o técnico Gílson Kleina se mostrou surpreso ao ser questionado se a idéia de um trabalho reservado tinha partido dele. "Treino secreto? Tenho que arrumar o time antes de pensar em fazer algo assim...", ironizou.

De volta à Vila no começo da noite, garantiu que ele próprio foi pego de surpresa com a mudança. "Quando entrei no ônibus estava achando que o treino era na Siemens mesmo."

A situação chegou ao ápice cômico quando repórteres começaram a ligar para o assessor de imprensa Greyson Assunção para saber o que havia acontecido. Orientado pela diretoria, mesmo junto com os jogadores ele dizia não saber para onde o time havia seguido.

Nada de informações também com o vice-presidente de futebol, José Domingos. "Isso é segredo profissional", afirmou, antes de explicar por que o departamento de futebol resolveu ludibriar a todos. "Conhecemos muito bem a forma do Cuca trabalhar. Sabemos que costuma mandar espiões e sugerimos ao Kleina nos precavermos quanto a isso", disse o dirigente, ciente também de que o treinador adversário mantém muitos amigos na crônica esportiva curitibana.

"Quando o Cuca passou por aqui (em 2003), gastávamos um dinheirão todo jogo para mandar alguém ver os treinos dos adversários", acrescentou o superintendente de futebol Ricardo Machado Lima ao aparecer na sala de imprensa do Durival Britto, onde toda a imprensa aguardava o retorno dos atletas e de Kleina.

Foi ele quem acabou com o mistério ao contar que o trabalho havia sido realizado no centro de treinamentos da Ethisports, em Quatro Barras, na Região Metropolitana. Pouco depois o ônibus entrava pelo portão da Vila restabelecendo contato visual com todos os que estavam preocupados com seu sumiço dos radares.

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