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Após a vitória sobre o Cruzeiro, ainda no vestiário do Mineirão, o capitão Beto reuniu os demais jogadores para relembrá-los dos mandamentos que levaram o Paraná à terceira colocação do Brasil. Cobrou serenidade com o repentino sucesso e voltou a pregar a política dos pés no chão.

Essa tem sido a principal preocupação do santista Valberto Amorim dos Santos, 32 anos. Evitar a euforia e a badalação, inerente à boa campanha da equipe. "Nós temos de nos cobrar, pois sabemos que sempre podemos melhorar", diz a voz de Lori Sandri dentro de campo.

Um dos poucos remanescentes do drama vivido no Nacional passado, quando o Tricolor brigou até a penúltima rodada contra o rebaixamento, o volante encontra na triste experiência um motivo para exigir tanto dos companheiros.

No ano passado, ainda sem a braçadeira e recém-chegado da Portuguesa Santista, o camisa 7 viu o time sofrer goleadas históricas (como o 6 a 0 para o Vitória, em Salvador), ser xingado pela torcida e sofrer com três trocas no comando técnico. No fim, a redenção e o intermediário 15.º lugar.

"Em 2004, aconteceram várias mudanças, principalmente no início do campeonato. A todo momento jogadores chegavam e saíam. A equipe se desfigurou", lembra. "Agora o grupo foi formado e mantido. E a gente contou com a sorte de os resultados aparecerem logo no começo", completa.

O jogador sustenta seus discursos na experiência de quem já rodou por sete times pequenos do país, além de duas passagens pelo futebol japonês. Parece não se deslumbrar com nada. Recorre, a cada entrevista, ao discurso da simplicidade e da humildade, traços de sua personalidade.

"O grupo não tem vaidade. Todos estão dispostos a ajudar um ao outro. O conjunto faz com que os resultados surjam", solta, com frases prontas que mostram-se eficientes no trato com toda a equipe.

"Ele é um grande capitão. Tem o grupo na mão e os jogadores respeitam o que ele diz", atesta o zagueiro Daniel Marques. "O Beto é o líder com quem todos gostariam de trabalhar", avaliza Mário César.

Mas o meio-campista não se entrega ao elogio fácil. Fica constrangido na condição de centro das atenções. Refuta até mesmo a alcunha de comandante. "Aqui não tem esse negócio de liderança. Todos exercem o direito da opinião em nome do sucesso do grupo", explica.

Bem ao seu estilo, o volante não sabe (ou prefere não dizer) até aonde o Paraná pode chegar. Só tem uma certeza: o time ainda não conseguiu nada. "A equipe fez por merecer o que está acontecendo. Mas não adianta comemorar nada. O time só está numa boa colocação no campeonato. Só isso."

Tricolores

Casa cheia – Até ontem, haviam sido trocados 5 mil ingressos para o jogo com o Vasco, domingo, no Pinheirão. A carga total é de 20 mil bilhetes. A partida faz parte da promoção da Nestlé (uma lata de 400 g de Nescau por um ingresso).

Postos de troca – Supermercados Big (Bacacheri e Xaxim), Condor (São Francisco, Santa Cândida e Bigorrilho), Mercadorama (Juvevê), Muffato (Portão) e Carrefour (Pinhais).

Sondagem – A diretoria do Paraná já está se prevenindo da possível saída do atacante Borges. Fábio, do Volta Redonda, é o primeiro nome da lista de possíveis substitutos.

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