Paraná sonha com nova hegemonia

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Começa amanhã a chance de o Paraná retomar a supremacia na ginástica rítmica brasileira. São 27 paranaenses e mais uma atleta paulista competindo pelo estado entre as 70 inscritas na seletiva para a definição das novas seleções da modalidade. Serão escolhidas dez representantes para o conjunto e sete no individual. As avaliações médicas, físicas e técnicas ocorrem em Curitiba até sábado e seguem o processo que já definiu as equipes feminina e masculina da ginástica artística para este ciclo olímpico até os Jogos de Londres, em 2012.

A participação caseira corresponde a 40% do total de meninas de dez estados diferentes. São cinco equipes: Unipar (Umuarama), Unopar (Londrina), Sadia (Toledo), Agir e Aginarc (Curitiba) – esta última conta com a paulista Izabella Ferreira, federada pelo Paraná e a única sem o RG local.

Quantidade reforçada pela qualidade. À exceção do pré-infantil individual, o Paraná conquistou pódio em todas as categorias nos torneios que disputou em 2008. "É um estado que escreveu seu nome na GR", avaliou a atual supervisora de seleções da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Jaqueline Pires.

Assinatura que ficou meio apagada nos últimos anos. Uma briga política após os Jogos de Atenas-2004 enfraqueceu a representatividade do estado na seleção. Pólo quando a GR conseguiu as melhores colocações olímpicas, com os oitavos lugares em Sydney-2000 e na Grécia, a Unopar perdeu a equipe de conjunto por causa de dissidências entre a então técnica Bárbara Lafranchi e a presidente da CBG à época, Vicélia Florenzano. A briga chegou aos tribunais.

"Desde que a seleção saiu daqui, só agora temos atletas com idade suficiente para a seletiva. Independentemente de qualquer questão que tenha havido, continuamos trabalhando forte, da mesma maneira, e participando das competições", afirmou a técnica Márcia Aversani Lourenço, evitando focar na polêmica.

Um dos reflexos do imbróglio foi a transferência da equipe para o Espírito Santos e a redução de três para apenas uma representante paranaense no conjunto – Nicole Müller. O desempenho caiu para apenas o 12º lugar na China.

Esse afastamento pode ser recompensado com o provável anúncio de Toledo como a casa da seleção individual – o conjunto permanecerá no estado capixaba.

Com apoio da prefeitura, Sadia e Sesi, a equipe toledense é uma referência da modalidade e conta com 60 atletas em treinamento e mais 1.500 meninas incluídas do projeto social de GR.

Lá estão importantes ginastas da seleção individual como Ana Paula Scheffer e Angélica Kvieczynski, além da própria Nicole, presente na China.