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"Até que enfim esse é o último jogo. Vamos buscar a vitória para sair com uma imagem bacana de Maringá". É com uma certa dose de alívio que o volante Rafael Mussamba define a partida de hoje, às 16 horas, contra o Palmeiras, no Willie Davids.

O duelo com o time de Émerson Leão deve ser o último em que o Tricolor abre mão do mando de jogo em troca de um dinheiro que lhe dê a garantia de saldar as contas no fim do mês. O clube vendeu para a empresa maringaense Gallo as suas quatro partidas contra as grandes equipes de São Paulo. Recebeu, livre de despesas, aproximadamente R$ 600 mil.

Se a mudança de domicílio fez bem às finanças do clube, não trouxe vantagens no aspecto técnico. Com duas derrotas (Corinthians e São Paulo) e um empate (Santos), o rendimento do time caiu significativamente. Enquanto no Pinheirão o Paraná ostenta um aproveitamento de 66% – perdeu apenas para o Goiás, na estréia do Brasileiro, por 2 a 0 –, a performance na Cidade Canção despenca para míseros 11%.

A troca de casa, de acordo com os jogadores, tirou pontos preciosos da equipe. Caso mantivesse o desempenho curitibano no Willie Davids, o Tricolor estaria liderando o Nacional com 44 pontos, um a mais que o Santos.

"Se a gente tivesse jogado dentro de casa, os resultados seriam diferentes. E esse não é um pensamento só meu, é de todos os jogadores. Estamos acostumados com a nossa casa, com a nossa torcida. Mas já que tem de ser assim, vamos fazer o nosso melhor", afirma Mussamba. "A torcida é toda a favor da adversário. São poucos os que nos apóiam. É como se a gente jogasse fora de casa. Isso complica num campeonato nivelado como o Brasileiro", complementa.

Retornando ao time titular após se recuperar de uma tendinite na virilha, o atacante André Dias diz acreditar que se a partida fosse no Pinheirão o time entraria em campo mais descansado. "Sempre há o desgaste das viagens, aeroporto... Isso sem contar que é muito ruim você chegar numa cidade do seu estado e ver o caras só falarem do adversário. É triste", explica o camisa 11, mencionando a histórica preferência dos moradores do Norte do Paraná pelos clubes paulistas.

Com base no desempenho em campo, a diretoria deve abrir mão dos R$ 200 mil que a prefeitura de Cascavel oferece para transferir o jogo contra o Internacional, no feriado de 2 de novembro, para o Estádio Olímpico Regional, no Sudoeste do estado. "A chance é remotíssima", garante o vice-presidente José Domingos.

O técnico Luiz Carlos Barbieri optou por uma formação mais ofensiva para se despedir da Cidade Canção. Com a volta de Dias ao lado de Borges no ataque, Tiago Neves ocupará a vaga do volante Mário César na armação das jogadas. Na zaga, João Paulo será o líbero em substituição a Marcos, suspenso.

Paraná x Palmeiras, às 16 horas, na Globo/ RPC e na RIC.

Em Maringá

ParanáDarci; Daniel Marques, João Paulo e Aderaldo; Neto, Rafael Mussamba, Beto, Tiago Neves e Vicente; André Dias e Borges.Técnico: Luiz C. Barbieri.

PalmeirasSérgio; André Cunha, Daniel, Gamarra e Fabiano; Marcinho Guerreiro, Corrêa, Juninho Paulista e Diego Souza; Marcinho e Gioino. Técnico: Émerson Leão.

Estádio: Willie Davids. Horário: 16 horas. Árbitro: Giulliano Bozzano (DF). Auxs.: César Augusto de Oliveira Vaz (DF) e Renato Miguel Vieira (DF).

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