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Jogadores do Paraná extravasam na comemoração do gol de Léo que rendeu a apertada vitória por 1 a 0 sobre o Iraty | Fotos: Antonio Costa/ Gazeta do Povo
Jogadores do Paraná extravasam na comemoração do gol de Léo que rendeu a apertada vitória por 1 a 0 sobre o Iraty| Foto: Fotos: Antonio Costa/ Gazeta do Povo

Opinião

Vitória sofrida

Adriana Brum, repórter

Chegou a irritar a quantidade de gols perdidos de lado a lado ontem, na partida do Paraná contra o Iraty. A primeira foi paranista, logo aos três minutos, com Léo. Douglas Packer e Renato perderam gols incrivelmente feitos. Foi uma bola no travessão e uma na trave para o Tricolor. Uma na trave para o Iraty, que quando não conseguiu desarmar, começou a bater.

Mas não há tempo para pensar em grandes revoluções técnicas. Ricardo Pinto está certo em ter como primeira preocupação transmitir tranquilidade à equipe. Jogam ansiosos, pressionados e no limite.

Ontem, o Tricolor estava desorganizado e errou muitos passes. Em contrapartida, mostrou velocidade no contra-ataque. Mas, no fim, isso pouco importou, já que o principal – o gol – veio no cruzamento estranho de Packer, que Diego mandou de primeira para o fundo da rede.

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A primeira das três batalhas do Paraná contra o rebaixamento foi vencida. Ontem, com um sofrido 1 a 0 sobre o Iraty, no estádio Durival Britto, o time garantiu a continuidade na guerra. Sim, o clima na Vila Capanema é de front, e as partidas já não são mais chamadas de jogos, mas de batalhas. A disputa pela fuga do descenso é a guerra a se ganhar.

O confronto com o Azulão foi vencido apenas aos 29 minutos do segundo tempo, com o gol de Diego, após muitas chances claras desperdiçadas e muitos contra-ataques cedidos ao adversário, exigindo boas defesas do goleiro Thiago Rodrigues.

De hoje até o próximo sábado, pausa na batalha campal para retomar a preparação – física, técnica e psicológica – e as contas. Com 19 pontos somados e seis vitórias na competição, o Tricolor segue com o objetivo de ganhar os dois últimos jogos. O principal adversário a bater é o Paranavaí, que no sábado perdeu para o Atlético e manteve os 21 pontos, com seis vitórias.

Para se livrar da queda, o time comandado pelo técnico Ricardo Pinto precisa vencer uma partida a mais que o ACP. Tem a seu favor o fato de não ter nenhum confronto direto com adversários que também têm risco de rebaixamento. Seu próximo jogo é em casa, diante do Arapongas, no sábado. A última partida será contra o já rebaixado Cascavel, no oeste do estado.

Já o Vermelhinho enfrenta o Rio Branco, que, apesar da vitória sobre o Arapongas (está com 24 pontos e seis vitórias), ainda não afastou de vez o risco. "Vamos para o próximo jogo mais fortalecidos [depois da vitória de ontem], com certeza de que o caminho vai ser trilhado com muita determinação, honra e tranquilidade", afirmou o técnico Ricardo Pinto.

Tranquilidade que faltou ontem. "Nós, os mais jovens, queríamos marcar o gol para ficarmos mais sossegados [na partida]", afirmou Diego, 18 anos, autor do gol, sobre a ansiedade e o grande número de chances de gol desperdiçadas.

O resultado de ontem colocou o Iraty em situação delicada (23 pontos, sete vitórias). Além de Paraná, Rio Branco e Paranavaí, também ainda não se livraram desse risco, embora em menor proporção, o Roma (24 pontos, seis vitórias), e o Corinthians- PR (24 pontos, sete vitórias).Jogando junto

Os 2.600 torcedores que acompanharam a vitória paranista de ontem tiveram participação importantíssima no resultado, afirmaram o técnico Ricardo Pinto e alguns dos jogadores. "Não é só em dia de jogo. A torcida nos leva a patamares mais elevados de emoção e tem grande participação nessa vitória", afirmou o treinador. "Hoje [ontem] isso aqui [o estádio] está um caldeirão. A torcida só apoiou e o gol saiu", disse Serginho. O goleiro Thiago Rodrigues, que chorou na comemoração do gol, também teceu elogios: "estou impressionado com o que essa torcida fez para nós. É hora de unirmos as forças". Já o atacante Diego declarou que a pressão da torcida aumentou a ansiedade do time em abrir o placar. "Eles [Iraty] estavam marcando muito, a torcida vaiando, mas conseguimos. A torcida pressiona nós, os mais jovens", disse.

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