Paraná vence o Palmeiras na estréia de Kleina e volta ao G-4

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Certo ditado do mundo futebolístico diz que "justiça no futebol é bola na rede". Que bom para o Paraná, que não mostrou muita inspiração para jogar neste domingo (22), mas em uma bola parada, o lateral-esquerdo Márcio Careca mostrou muita competência para deixar a sua marca pela primeira vez com a camisa paranista e garantir a vitória do Tricolor por 1 a 0 sobre o Palmeiras.

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Os donos da casa até começaram tomando a iniciativa, e criaram algumas chances. Mas após o gol de falta assinalado por Careca, o Paraná recuou e passou a dar espaços aos palmeirenses. A equipe visitante, assim, passou a atuar como quis, tocando muito a bola, ou o quanto o gramado esburacado da Vila Capanema permitiu. Entretanto, a ausência de um matador de qualidade prejudicou o Verdão.

Na etapa final, jogando como sabe – esperando o adversário e saindo nos contra-ataques –, o Paraná até poderia ter matado a partida com mais um gol, porém quem esteve mais perto de marcar e empatar foi o Palmeiras, mesmo jogando com um a menos durante praticamente todo o segundo tempo. Nem mesmo a entrada de Edmundo salvou os paulistas e coube aos quase oito mil torcedores paranistas comemorarem embaixo de chuva.

O resultado levou o Paraná de volta ao grupo dos quatro melhores classificados no Brasileirão, aqueles que estão na faixa da Taça Libertadores da América. O Tricolor tem os mesmos 22 pontos do vice-líder São Paulo, e está a apenas três do líder Botafogo. Na próxima rodada, os paranistas vão até Porto Alegre buscar a ponta contra o Internacional. Já o Palmeiras recebe o Vasco no Parque Antártica.

Bola parada salva primeiro tempo ruim

Com a motivação de voltar a vencer dentro de casa após duas derrotas, o Paraná buscou tomar a iniciativa do jogo. Porém, logo no início, quem quase abriu o placar foi o Palmeiras. Em rápida tabela, o estreante Rodrigão (ex-Atlético-PR) saiu na cara do gol, mas Marcos Leandro levou a melhor e fez a defesa. O goleiro reserva do Tricolor, aliás, entrou na partida instantes antes da bola rolar, já que Flávio sentiu dores no aquecimento e foi vetado.

O jogo seguiu lento, com muito toque de bola e pouca objetividade dos dois lados. Mas as melhores chances vinham de bolas paradas. Em uma delas, Vandinho cruzou na área e Rodrigão quase marcou, mas contra. Na seqüência, aos 20 minutos, Márcio Careca atendeu o pedido do técnico Gilson Kleina e bateu forte para o gol. A bola pegou efeito e encobriu o goleiro Diego Cavalieri. Golaço!

Depois disso, o Tricolor tirou o pé ainda mais do acelerador, e o Palmeiras veio todo para cima em busca do empate. Em sete arremates perigosos, os paulistas sentiram a falta de um matador na área, até porque logo na sua estréia, Rodrigão "se queimou" ao perder um gol incrível, embaixo do gol paranista. Depois de chute forte de Martinez, a bola explodiu na trave e, no rebote, o atacante bateu de canela, sobre o gol vazio.

Para o segundo tempo, a torcida tricolor esperava que a equipe apresentasse mais para chegar ao gol de número dois, e não cedesse tantos espaços, os quais deram muitos sustos.

Paraná sofre pressão, mas bolas na trave impedem mais emoção

O Palmeiras definitivamente veio com disposição para buscar o empate no segundo tempo. Mas o zagueiro Dininho resolveu "atrapalhar", ao entrar de carrinho em cima de Everton. O árbitro Sérgio da Silva Carvalho não teve dúvidas e mandou o jogador palmeirense para o chuveiro mais cedo.

Com um a mais, a tendência era que o Paraná tivesse mais facilidade em manter o resultado e até chegar ao segundo gol com mais tranqüilidade. Mas o time seguiu recuado, esperando o Verdão em seu campo de defesa, e isso resultou em momentos de muito perigo contra os paranistas. Em uma dessas descidas, Valdívia saiu na cara do gol e marcou, mas a arbitragem assinalou impedimento.

Perdendo o meio-campo, Gilson Kleina modificou o Paraná com as entradas de Joélson e Renan, e o Tricolor até melhorou, mandando duas bolas na trave de Diego Cavalieri. Ainda assim, os paulistas tiveram mais posse de bola, porém, como no primeiro tempo, sentiram muito a falta de um bom atacante para arrematar com qualidade.

Melhor para Marcos Leandro, que mesmo sem ritmo de jogo, fez a sua parte e segurou tudo na meta paranista. Contudo, Kleina terá muito trabalho pela frente para dar o "equilíbrio" que tanto pede ao Paraná. Na sua estréia, valeram os três pontos.

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