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Gabriel Sidney chegou a seis finais e faturou quatro títulos entre setembro e outubro de 2014 | Cleon Medeiros/Divulgação
Gabriel Sidney chegou a seis finais e faturou quatro títulos entre setembro e outubro de 2014| Foto: Cleon Medeiros/Divulgação

Setembro e outubro de 2014 foram decisivos para Gabriel Sidney. Foi nesse período que o tenista de 17 anos, nascido em Londrina e radicado em Curitiba, disparou no ranking mundial juvenil. Do número 700 passou a top 100. Impulso que o colocou prestes a jogar o Aberto da Austrália, em Melbourne.

Em uma sequência de dar inveja a atletas renomados, o paranaense chegou a seis finais e abocanhou o título em quatro. Resultados que o levaram ao Orange Bowl, nos Estados Unidos, em dezembro, um dos principais torneios da categorias. Caiu no primeiro jogo, uma derrota com significado importante.

"Foi lá que tive minha primeira experiência contra o um top 10. Fiz um bom jogo e deu para ver que tenho tênis para encarar qualquer um", diz Gabriel, derrotado no tie-break pelo então número 4 do mundo, o sul-coreano Yun-Seong Chung.

Agora o desafio é ainda maior para o 68.º do ranking: jogar o primeiro Grand Slam. A partir do dia 22, ele participa do qualifying. Se for bem, garante uma vaga entre os melhores.

Estar lá já é uma vitória para ele e para a família. A viagem para a Austrália custou cerca de R$ 29 mil, menos do que recebeu ao longo de 2014 com bolsas-auxílio dos governos federal e estadual. Um esforço tanto do Clube Curitibano, onde ele treina, quanto dos pais – a ida do treinador Roland Santos foi bancada por um patrocinador.

"Ele tem muita disciplina e comprometimento. É o que nos faz seguir nesse sacrifício para ele crescer ainda mais e chegar ao nível profissional", conta Ney Sidney, principal incentivador do filho que começou a jogar aos seis anos.

O Aberto da Austrália é o primeiro torneio que Gabriel mira para 2015. O objetivo figurar entre os primeiros na transição para o profissional, em 2016. "Quero estar entre os 45 [melhores] para garantir vaga em Roland Garros e Wimbledon e no segundo semestre tentar jogar os torneios futures [preparatórios] para entrar bem no circuito profissional", projeta ele, que, entre os treinos, poderá assistir aos jogos da chave principal, que começa hoje.

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