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Mesmo do banco de reservas, Guilherme Kachel e Lucas Loh pretendem comemorar o título da Superliga pelo Cruzeiro | Adriana Brum
Mesmo do banco de reservas, Guilherme Kachel e Lucas Loh pretendem comemorar o título da Superliga pelo Cruzeiro| Foto: Adriana Brum

Os 18 mil ingressos se esgotaram com cinco dias de antecipação; três emissoras transmitirão a partida ao vivo. A partir das 10 horas de hoje, Sada Cruzeiro e Sesi-SP, no ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte (MG), fazem a esperada final da Superliga Masculina de vôlei.

No duelo, dois paranaenses: o curitibano Guilherme Kachel e o toledano Lucas Loh, ambos do Cruzeiro. Eles têm a chance de, aos 20 anos, conquistar o principal tí­­tulo do vôlei masculino brasileiro.

"Se nos jogos em Contagem e Itabira [interior de Minas] o ginásio já virava um caldeirão com 2 mil pessoas, imagina com 18 mil?", diz o líbero Kachel, reserva de Serginho.

"É impressionante [o papel da torcida nos jogos]. Nunca tinha visto isso no vôlei. É como se fosse um time de futebol, com festa e paixão nas arquibancadas", conta o oposto Lucas, quarto reserva de Wallace, segundo maior pontuador da Superliga (543 pontos).

Com um time experiente, a dupla quase nunca entra em quadra em dia de jogo. Ainda assim, tem a chance de ficar com o título que outros paranaenses, já consagrados, não conseguiram na atual temporada.

Giba, do Pinheiros/Sky e Ricardinho, do Vôlei Futuro, caíram diante do Cruzeiro, nas quartas de final e semifinais, respectivamente. O levantador Marlon, do Vivo/Minas, foi eliminado pelo Sesi na semi.

"O time não é só os seis titulares. Ter um plantel bom é essencial. Treinamos com eles, aproveitamos para ganhar experiência, claro, mas temos também o nosso papel", diz Kachel, justificando que ele e Lucas terão todo o direito a erguer o troféu, em caso de vitória. Tanto que os dois terão a presença da família nas arquibancadas para dividirem o importante momento na carreira.

Eles sabem que, mesmo jogando em casa, a conquista do título será muito difícil: o adversário tem o melhor jogador do mundo da atualidade, o ponteiro Murilo, além do maior pontuador da Superliga (Wallace, 546 pontos), o melhor saque (com Sidnei) e o melhor defensor (o levantador Sandro).

E, ainda: o Sesi-SP, comandado por Giovane Gavio, medalha de ouro na Olimpíada de 1992, levou a melhor nos dois confrontos classificatórios. No primeiro turno, venceram por 3 sets a 2. "Eles entraram com o time reserva, nos surpreenderam. Em casa, perdemos por 3 a 1. Mas, de lá para cá, muita coisa mudou. Chegamos ao auge justamente agora, no momento decisivo", diz o líbero paranaense.

Kachel e Lucas Loh se conhecem desde os tempos em que o curi­tibano defendia o Circulo Mi­­litar do Paraná e Lucas ainda jogava nas equipes de Toledo. Juntos, conquistaram no ano passado o tí­­tulo de campeões sul-americanos com a seleção brasileira juvenil.

Estrearam na Superliga nesta temporada, confrontando jogadores que há pouco tempo eram ídolos distantes: à exceção de Dante, toda a seleção adulta está na competição nacional. "Tentamos aprender o máximo com eles, observando do banco de reservas", diz o oposto de Toledo.

"Até revi meus modelos no esporte", diz Kachel. Até chegar ao time mineiro, seu ídolo era Ser­­gi­­nho, o Escada, do Sesi; agora se es­­pelha no Serginho do próprio ti­­me. "É ótimo jogador, profissional e pessoa. Tem me ajudado muito".

Serviço:

Final da Superliga de Vôlei Masculino, a partir das 10 horas, na RPC TV e SporTV.

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