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A defesa que foi fundamental para a atuação perfeita do Paraná contra o Cruzeiro, como definiu o técnico Lori Sandri, pode fazer o time da Vila sonhar com um calendário internacional em 2006. Dono da melhor zaga do Brasileiro – 19 gols em 20 jogos (média 0,95) –, o Tricolor pode repetir o mesmo caminho traçado por São Caetano em 2003, e Palmeiras e São Paulo em 2004. Se não chegaram ao título, os paulistas se beneficiaram da solidez defensiva para garantir uma vaga na Libertadores.

Os números do Azulão no primeiro Nacional por pontos corridos, em 2003, impressionam. Em 46 jogos, a defesa formada por Dininho, Daniel e Serginho levou apenas 37 gols. O que dá uma média de 0,8 gol a cada 90 minutos. Como efeito de comparação, ao fim do primeiro turno, praticamente o mesmo estágio do campeonato atual, o São Caetano tomou 21 gols em 23 partidas (0,91).

Na competição do ano passado, coube ao São Paulo de Fabão, Lugano e Rodrigo o status de melhor sistema defensivo do Brasil. Nos mesmos 46 jogos, o Tricolor paulista foi vazado 43 vezes, média de 0,93.

O diferencial fica por conta da primeira metade do torneio. Palmeiras e Figueirense dividiam o posto de melhor defesa com 20 gols em 23 jogos (média de 0,86). O Verdão manteve o desempenho no returno, terminou na quarta colocação e classificou-se para o principal torneio da América. Com 47 gols sofridos, a equipe de Estevan Soares terminou como a segunda zaga menos batida.

Já o Figueira não manteve o mesmo fôlego defensivo e fechou o ano em 11.º lugar. Foram 39 gols tomados (quase o dobro) somente no segundo turno.

A boa performance defensiva do Paraná foi planejada antes do Brasileiro. Os jogadores contratados para o setor foram escolhidos de uma maneira que possibilitasse ao time atuar no 3–5–2.

Lori indicou Marcos, que havia jogado como líbero sob seu comando, no Vitória, em 2003. Aderaldo foi uma descoberta do olheiro Will. Já Daniel Marques teve a sua negociação conduzida diretamente pelo presidente do clube, José Carlos de Miranda.

"A mescla da juventude com a experiência deu certo. Eu sou jovem e aprendi muito com o Aderaldo e o Marcos que têm mais bagagem", elogia Daniel Marques.

No vestiário em Belo Horizonte, após a vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro – oitava partida em que o time não sofreu gol no Brasileiro –, Lori exaltou o sistema defensivo. "O time todo está equilibrado. Como a defesa vem bem, os adversários estão encontrando dificuldades para chegar à cara do nosso goleiro", analisa.

Tricolores

* Boato – Um dos empresários do atacante Borges, Luís Alberto Filho, proprietário da L.A Sports, parceira do Paraná, desmentiu ontem a informação de que o atacante já estaria negociado com o Real Betis, da Espanha. "Não há nada oficial. Estou sabendo disso pela imprensa espanhola. Para mim não chegou nada. Teve apenas uma proposta da Arábia, que a gente recusou", afirmou Filho. "Nós faremos todos os sacrifícios para manter o Borges no Paraná", completou.

* Promoção – Com a expectativa de que o Pinheirão estará lotado no domingo, o Paraná irá vender durante o jogo com o Vasco 10 mil ingressos a R$ 10 para o duelo com o Brasiliense, dia 21 de setembro. Após a partida, o preço volta a ser de R$ 15.

* Retorno – Recuperando-se de uma lesão no joelho direito, o zagueiro Fernando Lombardi começou ontem a treinar fisicamente.

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