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Como aconteceu a tragédia de Goiânia |
Como aconteceu a tragédia de Goiânia| Foto:

Almanaque

- O Paraná encerrou, ontem, um jejum de dez jogos sem vitória sobre o Corinthians. O último triunfo paranista contra o Timão havia sido no dia 17 de abril de 2002: 1 a 0, no Couto Pereira, pelas quartas-de-final da Copa do Brasil.

- O Paraná jamais havia recebido o Corinthians na Vila Capanema. As quatro partidas anteriores do Timão no Durival Britto foram contra Ferroviário e Colorado.

Foi só o Paraná entrar na zona de rebaixamento para mudar totalmente de postura. Depois de a apatia predominar nas derrotas de 6 a 0 para o São Paulo e 4 a 2 para o Náutico, o time arrancou na base da raça a suada vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, ontem, na Vila Capanema, que valeu o alívio de deixar o grupo dos quatro últimos colocados.

Não foi um primor técnico. Pelo contrário, ainda mais num gramado castigado, em muitos momentos foi difícil ver um passe certo na partida. Mas, com todas as dificuldades, desde o primeiro minuto o Tricolor deixou claro ter entrado em campo para buscar a reabilitação de qualquer maneira, na marra se fosse preciso.

A preocupação da torcida paranista era imensa. Ainda mais com a escalação do volante Muçamba, sem ritmo de jogo e perdido contra o Timbu, e do zagueiro Toninho, pior em campo na goleada são-paulina, chamado novamente por causa do excesso de defensores contundidos. Como se não bastasse, o goleiro Flávio também foi vetado pelo departamento médico e deu lugar ao inexperiente Gabriel.

Mas a presença dos três, com vontade sobrando de mostrar serviço, ajuda a explicar a mudança de postura da equipe. Na mesma situação, o lateral-direito Araújo e o atacante Lima, que ganharam as posições de Léo Matos e Vinícius Pacheco, além do volante Batista, substituto do suspenso Beto.

Toninho fez bem o papel da sobra na defesa, que teve como ponto alto a atuação de Daniel Marques, expoente da determinação num time que fez da vontade sua principal arma. Muçamba achou seu espaço no setor de marcação do meio-de-campo e Gabriel esbanjou tranqüilidade no gol.

Superior durante toda a primeira etapa, o Paraná vivia seus melhores momentos nas arrancadas do lateral-esquerdo Paulo Rodrigues. E numa delas ele acabou derrubado infantilmente por Vampeta ao invadir a área. O pênalti, que decidiria a partida, foi batido com categoria pelo centroavante Josiel aos 24 minutos – 17.º gol do artilheiro do campeonato, agora cinco à frente dos principais concorrentes.

O Corinthians, que antes parecia se contentar com o empate, veio para cima no segundo tempo. Mas a sólida atuação defensiva do Paraná, ajudada por uma tremenda falta de criatividade dos paulistas, que insistiam sem sucesso nas bolas altas, garantiu a vitória pelo placar mínimo.

O segundo gol ainda poderia ter saído nos contra-ataques. Como não veio, o suspense durou até a última bola cruzada sobre a área de Gabriel. Até o apito final, que enfim garantiu a tranqüilidade do torcedor depois de sofrer com dez gols dos adversários nas duas últimas rodadas.

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O craqueDaniel MarquesEm um jogo em que a raça valeu mais do que a técnica, o zagueiro demonstrou mais vontade do que todos.

O bondeMarinhoSem ritmo de jogo, o becão corintiano furou uma atrás da outra.

O guerreiroMuçambaDepois da horrível estréia contra o Náutico, o volante se reabilitou ontem.

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