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Não foi fácil para o Santos. Na verdade, o time da Vila Belmiro passou sufoco, pois o Avaí, mesmo sem jogar bem, apertou muito no segundo tempo. Mas quem tem Neymar está mais perto das vitórias. Em duas jogadas inspiradas, uma no início e outra perto do final da partida, o garoto resolveu a parada e deu ao Peixe sua quinta vitória consecutiva, nesta quinta-feira à noite, na Vila Belmiro. Os 2 a 1 sobre a equipe catarinense levam a equipe alvinegra de volta à terceira posição do Brasileirão, com 30 pontos, oito atrás do líder Fluminense. No início da rodada eram dez pontos. O Alvinegro Praiano ainda tem um jogo a menos que o rival carioca. Já o Avaí segue em queda livre: caiu para a 10ª posição, com 23.

O Santos volta a campo no próximo domingo, quando enfrenta o Flamengo, no Maracanã. Já o Avaí, também no domingo, recebe o Atlético-PR, na Ressacada. Os dois jogos serão às 16h (horário de Brasília).

Goleada ficou só na ameaça

Parecia que seria de goleada. É como se aquelas grandes atuações do Santos no primeiro semestre tivessem voltado. Neymar, endiabrado. Pobre Marcos. O lateral-direito do Avaí dançava à frente do camisa 11 do Peixe, que fingia ir para um lado, ia para o outro. Deixou o adversário tonto. Logo aos 50 segundos de jogo, Neymar deixou a ponta esquerda, cortou para o meio. Recebeu de Pará e, num lindo passe de primeira, achou Danilo na direita. Tudo rápido. O volante santista cruzou, a zaga do Avaí afastou e a bola caiu nos pés dele. Neymar, de primeira, mandou uma bomba de pé direito e estufou as redes defendidas por Renan.

O Avaí, desfalcado, sem Robinho e Caio, dois de seus principais jogadores, estava acuado. Limitando-se apenas à jogar a bola o mais longe possível de sua área. Aos 13 minutos, mais uma linda jogada santista. Neymar veio tabelando com Keirrison. A bola vinha ziguezaguando à frente da defesa catarinense, que não conseguia acompanhar. Na entrada da área, K9 rolou para Zé Eduardo, que entrava livre pela direita. Aí faltou sorte. Ou talvez um bocadinho de capricho. O camisa 7 nem ajeitou e mandou de esquerda. Errou o alvo.

Mas aí aconteceu o seguinte: o Santos deixou de tocar de primeira. Passou a dar chutões. Marquinhos, que deveria prender a bola no meio de campo, distribuir o jogo, acionar os atacantes, foi omisso. Só tocou para trás. Isso quando deixou seu esconderijo, atrás dos marcadores adversários. Saudosa de Paulo Henrique Ganso, que operou o joelho esquerdo e só volta em 2011, a torcida alvinegra se impacientou. Cobrou uma rapidez que não vinha. Inspiração só quando Neymar pegava na bola. Mas o garoto era caçado em campo. Levou tanta pancada que passou boa parte do segundo tempo mancando. Marcos teve até de ser substituído aos 39 para não ser expulso.

O Avaí, então, passou a frequentar a área santista. Faltava poder de fogo, é verdade. Era mais na base da empolgação. A bola passou a ser cruzada na área santista, mas a zaga, mesmo com dificuldades, conseguiu se livrar. O primeiro tempo terminou sem que Rafael fosse muito exigido.

Avaí dá sufoco no Peixe

O segundo tempo começou sofrível tecnicamente. O Avaí continuava recuado, esperando o Santos, que, dessa vez, não chegava. O Peixe errava muitos passes. Marquinhos atrasava o jogo alvinegro. Zé Eduardo apresentava muitas dificuldades com a bola. Keirrison, por sua vez, não foi visto em campo. Vendo que o bicho não era tão feio assim, a equipe catarinense se assanhou. Aos 11 minutos, numa cobrança de escanteio pela esquerda, o zagueiro Rafael subiu livre e cabeceou firme. Seu xará santista fez um milagre, mandando a bola, que entraria no ângulo, para fora, usando a ponta dos dedos.

O Peixe tinha a bola, mas não sabia o que fazer com ela. Entregava a bola de graça para o Avaí. A zaga alvinegra se atrapalhava para sair jogando. Aos 18, numa dessas bobeiras, a bola sobrou para Vandinho, que acertou a trave.

Vendo que a vitória estava correndo sério risco, o técnico Dorival Júnior, do Santos, resolveu mexer. Tirou Keirrison, Marquinhos e Zé Eduardo. Entraram Alan Patrick, Zezinho e Marcel. Com as mudanças, o Santos passou a acertar mais passes, mas não conseguia completar jogadas e seguia correndo riscos. Aos 32, mais uma chance desperdiçada pelo Avaí. Leandro Bonfim acertou ótimo passe para Valber, que entrou livre e tentou encobrir Rafael, que saía desesperado. O goleiro deu sorte, pois Valber errou o alvo. A essa altura, o placar de 1 a 0 para o Peixe era injusto. O Avaí já merecia, no mínimo, o empate.

O Santos, quando teve chance, também errou o alvo. Aos 34, Alan Patrick acertou bom lançamento para Danilo, que entrou livre pela direita, invadiu a área, mas chutou torto.

Foi então que Neymar provou que é um jogador diferente, especial. Aos 38, o garoto recebeu pela meia esquerda, livrou-se de dois marcadores, com dribles desconcertantes, e jogou para Durval, que bancou o ponta esquerda, ganhou no marcador e cruzou para Marcel, que emendou de primeira, de canhota, ampliando o placar. Um suspiro de alívio percorreu a Vila Belmiro.

Alívio, porém, que não durou muito. Aos 43, o time catarinense acabou diminuindo o placar, com Valber, que recebeu pela esquerda e, de direita, chutou colocado, no canto esquerdo de Rafael. O Avaí continuou em cima, chutando bolas ao gol do goleiro santista, que só respirou quando o árbitro apitou o fim do jogo.

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