• Carregando...

Rio – Pela sexta vez nesta edição do Parapan, o nadador Clodoaldo Silva quebrou mais um recorde mundial, assim como Daniel Dias e Adriano Lima superaram marcas parapan-americanas, ontem, quarto dia de disputas da modalidade no Parque Aquático Maria Lenk.

Todos os atletas foram unânimes em afirmar que o incentivo da torcida brasileira tem sido um dos principais fatores na conquista do feito. Crianças, adolescentes e jovens de escola públicas e ligados a projetos de assistência ao deficiente têm sido levados de ônibus para acompanharem as disputas – uma das ações sociais de inserção elaboradas pelo comitê organizador. E a motivação é tanta para torcer que o locutor oficial das instalações esportivas todo dia precisa pedir "silêncio" para as provas poderem ser iniciadas.

"Não dá para segurar e se poupar, com uma torcida como esta. Na água, a gente sente o grito de todos e queremos dar alegrias a eles", disse Clodoaldo, que melhorou em oito centésimos a sua marca nos 50 metros borboleta, classeS4, 44s41. À noite, voltou a superar o tempo, com 42s18, e levou o ouro.

Com quatro medalhas de ouro – uma obtida ontem nos 100 metros peito, SB4 –, Daniel Dias também agradeceu o apoio dos torcedores. Ao nadar em 1min42s75, estabeleceu uma nova marca parapan-americana da prova. "Os torcedores nos dão o gás a mais que precisamos no final da prova. Aí, nos esforçamos acima do limite", destacou. "Ainda tenho mais cinco provas pela frente e vamos ver o que dará. Sinceramente, esperava baixar os tempos, mas não nesta intensidade e quantidade."

Já Adriano Lima permaneceu na disputa com Clodoaldo, Daniel e André Brasil para ver quem ganhará mais medalhas de ouro. Ao vencer os 400 metros medley, S6, ganhou pela quarta vez uma prova no Parapan do Rio e ainda se tornou o recordista continental da disputa, com o tempo de 1min26s09.

"Estava muito nervoso, saí atrasado mas deu para me recuperar. Essa torcida foi maravilhosa e me empurrou dentro d’água com os gritos", comemorou Lima.

O principal revés do dia foi a desclassificação de André Brasil da prova dos 200 metros medley, SM10. Ele havia conquistado a medalha de prata, mas por ter ajeitado o óculos enquanto nadava peito, descaracterizou o nado e foi punido. Revoltado, saiu da piscina, arrancou a touca, jogou-a no chão e chutou-a seguidas vezes.

Ao final do dia, o Brasil havia totalizado quatro medalhas de ouro, cinco de prata e seis de bronze.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]