Nomeado pela presidente Dilma Roussef como embaixador do Brasil para a Copa do Mundo de 2014, Pelé admitiu nesta sexta-feira (10), em Londres, que a menos de dois anos para o torneio começar as obras estão atrasadas e a maior preocupação é o sistema de transportes.
Em um evento que anunciou a parceria com a empresa MediaCom Sports, ele reconheceu as dificuldades encontradas pelo país. "No momento, para ser honesto, não estamos prontos. Temos pequenos problemas de construção, mas vamos trabalhar duro", explicou o Rei do Futebol, que neste sábado irá acompanhar no Estádio de Wembley a final do torneio masculino de futebol da Olimpíada de Londres, entre Brasil e México.
Para Pelé, o maior problema está na falta de diálogo entre as partes envolvidas. "Estamos preocupados porque a comunicação não está tão boa ainda", disse. "Sou um dos brasileiros que lutou para receber esse torneio. Eu costumo dizer que não temos dúvida de que somos os melhores dentro de campo, mas precisamos mostrar ao mundo que somos bons também fora dele."
A Fifa já pressionou o Brasil, o governo federal bateu de frente com a entidade e muitas críticas já foram feitas sobre os preparativos. Segundo Pelé, a questão não é só relativa aos estádios. "Acho que o problema será com transporte", afirmou Pelé.
Em muitas sedes, os aeroportos estão sobrecarregados e os projetos de mobilidade urbana ainda não saíram do papel. De qualquer forma, o ex-jogador se mostra otimista. "Não é fácil, pois temos dois anos para a Copa. A Dilma disse que vai fazer o melhor para tudo dar certo e acredito que, apesar dos problemas, nós vamos conseguir", apostou.
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