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Normalmente crítico quando o assunto é Diego Maradona, Pelé foi compreensivo com o descontrole do técnico argentino após a classificação dramática do seu país à Copa do Mundo. Para ele, foi um desabafo típico de quem está no corredor da morte e vê a sentença ser suspensa. "É uma coisa normal de uma pessoa que está na guilhotina e aí suspendem a execução", afirmou nesta sexta-feira em Brasília, onde estava para a inauguração da vila olímpica da cidade-satélite de Samambaia.

Após o jogo, Maradona descarregou palavrões contra setores da imprensa argentina, que o criticavam pelo baixo desempenho da seleção nas Eliminatórias. Embora a Fifa pretenda abrir processo disciplinar contra o técnico, Pelé não vê motivos para levar o caso adiante. "A execução foi suspensa, ele estava muito contente e achou que podia dizer o que quisesse", justificou.

Pelé ainda disse que sua admiração pela garra argentina é antiga e que achava "absurda" a ameaça que rondava a seleção de Maradona de não ir à Copa de 2010, na África do Sul. "Desde Angola, no nosso evento (Dia da Amizade Angola-Brasil), eu disse que a Argentina fora não seria uma boa para a Copa do Mundo", recordou. "A Argentina tem sempre que estar na Copa.

INAUGURAÇÃO - Batizada com o nome de Rei Pelé, a vila olímpica de Samambaia é a primeira de um total de 20 em construção nas diversas cidades satélites de Brasília. Com uma área de 22 mil metros quadrados, a vila atenderá cerca de 4 mil jovens no turno oposto ao das aulas da rede pública de ensino. O objetivo do investimento é motivar crianças e jovens carentes a se preparar para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

"Servir de referência é uma coisa maravilhosa, porque o esporte me deu tudo e acho que podemos fazer um esforço para que outras crianças também sejam encaminhadas pelo caminho de onde eu vim", enfatizou Pelé. A obra, segundo ele, é extremamente importante tanto para a formação de atletas de elite como para prevenir a juventude contra o perigo das drogas. "O esporte é preventivo e realmente retira as crianças das drogas e da marginalização", disse.

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