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Acostumado a ser provocado por Diego Maradona, Pelé deu novamente o troco nesta quinta-feira. Em visita à Espanha, o Rei do Futebol disse que Alfredo di Stéfano era melhor que o Pibe, pois o técnico da Argentina só usava a canhota e que o único "gol de cabeça" que fez foi de mão.

"As pessoas discutem Pelé e Maradona. Di Stéfano é para mim o melhor. Maradona foi um grande jogador, mas não chutava bem com a direita e não fazia gol de cabeça. O único gol de cabeça importante que marcou foi com a mão (contra a Inglaterra na Copa do Mundo do México em 1986)", disse o Atleta do Século. Pelé não quis responsabilizar Maradona pela situação ruim da seleção argentina, mas falou da falta de experiência nos bancos.

"Ele não tem muita culpa, porque todos nós sabíamos que havia treinadores com mais experiência. Era uma grande oportunidade para aprender e seguir uma nova carreira. Eu não quero correr o risco, porque nunca se sabe o que pode acontecer. Maradona arriscou e está pagando o preço."

Além disso, admitiu que, como fã de futebol, quer que a Argentina esteja na Copa do Mundo da África do Sul 2010.

"É difícil imaginar um Mundial sem a Argentina, e não é bom para o futebol. Acho que podemos ter uma surpresa, mas eu, que amo o futebol, espero que não."

Sobre os atuais jogadores atuais, comparou Kaká e Cristiano Ronaldo, ambos do Real Madrid, e disse que o brasileiro é atualmente "o jogador mais completo".

"Kaká é mais de ajudar a equipe e é um jogador com um arranque e uma saída muito forte para os contra-ataques, tendo um papel como tinha Cruyff, Zico ou eu. No caso de Cristiano, sua força física é o grande trunfo. Tem uma grande habilidade com a bola, é mais forte e faz mais gols", disse.

Quase no Real Madrid em 1959

Pelé revelou ainda que quase trocou o Santos pelo Real Madrid em 1959, quando Didi, também campeão do mundo com a seleção em 1958, acertou com o time espanhol.

"Não joguei na Europa porque estava muito bem no Santos. Tinha muitas propostas, mas não tinha interesse. Eu viria com Didi a Madri, mas não tive vontade de sair", contou.

Durante o evento, o Rei lembrou o milésimo gol, dizendo que suas pernas tremiam na hora da cobrança de pênalti, e garantiu que não passa por sua cabeça se candidatar à presidência da Fifa.

"O presidente da Fifa disse que, quando saísse, daria o posto a Pelé, como uma piada. Saiu que eu queria ser presidente, mas não é verdade", concluiu.

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