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Weggis, Suíça – A Copa da Alemanha será a quarta disputada por Ronaldo em situação desconfortável. Ele foi o mascote de 94 (não jogou), era a estrela sob pressão em 98 (brilhou até chegar à final) e o desacreditado de 2002 (herói e artilheiro do penta). Aos 29 anos, o camisa 9 chega agora lutando contra a balança.

Conforme dados fornecidos pelo seu site pessoal, o centroavante teria hoje 86 kg (para 1,83 m). Há quatro anos, segundo levantamento coletado pela Fifa na Coréia/ Japão, tinha 77 kg. Ou seja: cinco quilos a mais.

Depois de sofrer uma lesão muscular na coxa direita, o centroavante se apresentou à seleção brasileira (dia 21 de maio) sem disputar jogos oficiais desde 8 de abril. Treinou separado, mostrou visível cansaço e voltou à ativa com a bola rolando nos treinamentos. Tudo sem mostrar um ponta sequer de receio.

"O trabalho segue forte e produtivo. Me sinto mais solto a cada dia e tenho certeza de que chegarei à Copa no estágio que preciso para ajudar a seleção", destacou ele. "Estou recuperando a forma, os reflexos, a condição de jogo. Agora, está faltando um pouco mais de explosão e velocidade, mas tenho certeza de que até a estréia do Brasil estarei bem."

Com relação à polêmica em torno do percentual de gordura, o atleta se mostra tranqüilo. "Cobrir um evento desse porte é difícil. Entendo vocês (jornalistas) procurarem coisas que não existem", desdenhou. Segundo alguns colegas do jogador (como Cafu e Ronaldinho Gaúcho), a diferença a mais no peso seria resultado do aumento de massa muscular. "O cara está forte", disseram.

Amistosos como o de hoje – contra a frágil Nova Zelândia, às 13 horas (de Brasília) – parecem sob medida para o atacante melhorar a performance. No primeiro desafio preparatório, por exemplo, frente ao FC Lucerna, Ronaldo fez dois dos oito gols da equipe. Ele já havia balançado a rede no primeiro coletivo (duas vezes) e no jogo-treino com o Fluminense sub-20.

"Marcou em todos os momentos até aqui. Será assim na Copa", aposta o técnico Parreira.

Ronaldo é a figura mais arredia à imprensa dos 23 convocados. Muitas vezes não aceita pedidos de entrevista. "Falei ontem" tornou-se seu chavão na zona mista – área de acesso dos repórteres à equipe. Também não chegou a ser um dos mais simpáticos com a eufórica torcida de Weggis.

Com 12 tentos marcados em Mundiais, o jogador está a três de superar o alemão Gerd Müller, na ativa em 1970 e 1974, como maior goleador do torneio promovido pela Fifa. Motivo para falar pouco, mas deixar os fãs animados.

"Eu me considero útil. Tenho muito o que dar ainda. A gente tenta aproveitar a experiência. Aproveitar para correr menos certas vezes, cortar caminho, aproveitar mais as oportunidades." Eis o Fenômeno.

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