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O Campeonato Paranaense acabou para o árbitro Edivaldo Elias da Silva e o auxiliar Gílson Bento Coutinho. Envergonhado com a atuação da dupla no jogo Paraná x Adap, o presidente da comissão de arbitragem, Afonso Vítor de Oliveira, revelou ontem que os dois não serão mais escalados para partidas do Estadual.

A punição foi imposta por causa do polêmico pênalti marcado a favor do Tricolor. Oliveira não gostou da atitude do bandeirinha, que entrou em campo para apontar a penalidade mesmo depois que o juiz havia assinalado simulação do meia paranista. Mais grave foi considerado o ato do árbitro, que voltou atrás e acatou a marcação do auxiliar.

"O lance era do árbitro e ele é quem tem de decidir. Por isso, o principal erro foi dele. Mas foi uma intromissão inaceitável do Gílson também", continuou o presidente da comissão de arbitragem, que estava no estádio. "Na hora fiquei com tanta vergonha que deu vontade de ir embora. Não entro na questão se foi ou não pênalti, mas em como isso foi decidido pelos dois", falou.

Chateado com a situação, Edivaldo assumiu a falha. "Ficou claro (pela televisão) que eu errei. Assumo meu erro, mas fui induzido a isso pelo meu auxiliar", comentou ele, desanimado com a suspensão. "Se isso acontecer mesmo, vou me sentir sem chão. Esperava fazer uma semifinal ou até mesmo a final. Quem me conhece sabe do meu profissionalismo. É desmotivante", afirmou.

Em sua defesa, o juiz alega que nunca havia visto um bandeira agir como Gílson Bento Coutinho fez no Pinheirão, entrando em campo para apontar a penalidade. Por isso ele deduziu que o companheiro, muito experiente na função, estava convicto do que vira. Coutinho não foi encontrado pela reportagem para dar sua versão do episódio.

Quem não se conformou com a confusão foi o técnico da Adap, Gilberto Pereira. O treinador acusou os árbitros paranaenses de serem despreparados e de penderem para os times da capital por causa da pressão.

"Fizeram isso justamente a favor do Paraná, que vinha reclamando dos erros do apito o campeonato todo", disse. "Tenho medo da partida de domingo contra o Coritiba porque se ganharmos eles podem ficar em quarto lugar e pegar o Atlético na próxima fase. E acho que isso não interessa a muita gente".

O técnico do Atlético, Lothar Matthäus, também criticou a arbitragem. Na quarta-feira, ele esbravejou contra o árbitro José Ricardo Stolle, que conduziu Atlético 1 x 1 J. Malucelli.

"Qualquer comentário que eu faça agora será desmerecido pela Federação. Entendo que é uma coisa paradoxal no Brasil termos os melhores jogadores do mundo e com certeza os piores juízes. Mas ainda parto do princípio de que isso é uma coisa especial contra o Atlético", disse o alemão.

Stolle disse ter registrado na súmula gritos de "Árbitro arrogante" de Matthäus, única coisa dita pelo alemão, em português, que ele conseguiu entender.

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