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O presidente atleticano Marcos Malucelli mostrou insatisfação com a atual campanha do Atlético, mas ressaltou que a situação era pior no ano passado | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
O presidente atleticano Marcos Malucelli mostrou insatisfação com a atual campanha do Atlético, mas ressaltou que a situação era pior no ano passado| Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo

Atleticanas

Retornos

Com as voltas de Nei, Márcio Azevedo, Rhodolfo (estavam supensos) e Antônio Carlos (machucado), o Atlético retoma o esquema 3-5-2, amanhã, frente ao Goiás, em Goiânia. Sem Rafael Miranda e Chico, Zé Antônio será o segundo volante. Rafael Moura e Paulo Baier seguem no banco.

Recurso

O Atlético entrou com recurso pela perda de um mando de campo e multa de R$ 20 mil impostos pelo STJD no caso da "guerra da bombas" do Atletiba. O clube aguarda até hoje por um efeito suspensivo. O caso deve ser analisado hoje pela presidência do tribunal. Caso o pedido não seja deferido, a pena terá de ser cumprida na partida contra o Fluminense, no domingo.

O Atlético luta para não ser rebaixado no Brasileiro. A constatação evidente para quem olha a tabela após 14 rodadas não é de qualquer torcedor, mas sim do presidente Mar­­­cos Malucelli. Em entrevista à Gazeta do Povo, o dirigente admite não haver outro desafio ao Ru­­bro-Negro (18.º, com 12 pontos). Caso a má campanha continue, o técnico Waldemar Lemos não terá vi­­­da longa no clube.

Claiton, Alex Mineiro e o grupo atual bastam para evitar o rebaixamento?

Em princípio basta. Só o resultado em campo que vai nos dizer se estamos certos ou não. Achávamos que bastava com o que tinha. São dois reforços de peso. Se não, va­­mos buscar mais soluções.

Há tempo para isso?

No ano passado estávamos em pior situação em setembro. Então podemos melhorar a classificação e também inscrever jogadores.

Após a 3.ª rodada, em entrevista à Gazeta do Povo, o senhor disse que passadas 13 rodadas dava para ter uma ideia do que o time iria disputar na competição. O que o Atlético vai disputar?

Prevalece o mesmo que falei naquela oportunidade. Atingida uma terça parte do campeonato se estivéssemos ainda ano grupo de perigo, a situação seria perigosa. E foi o que ocorreu. Estamos na zona de rebaixamento. Os clubes que lutarão para não cair são os que estão na zona em que estamos ou próxima dela. A situação não é boa mesmo. Não fujo desta realidade.

Onde o senhor acha que errou?

O resultado é dentro de campo. Se você monta um time que acha ser capaz e não ganha jogos você errou nesta montagem. A expectativa era que não fosse assim. Temos tempo para sair dessa zona, mas a verdade é que chegamos num limite de tolerância para tanto. Precisamos melhorar mesmo.

O dinheiro das vendas de Michel Bastos e Cristian será usado para trazer novos reforços?

Não são vendas à vista e nem temos como usar esse dinheiro de imediato. São vendas que envolvem clubes terceiros. Temos de ainda brigar por esse dinheiro, fazendo com que esses clubes cumpram o contrato. O Cristian dependemos do Corinthians honrar o que está no contrato com eles pagando a terça parte do valor (cerca de 6 milhões de euros). Segundo o presidente do Corinthians (Andrés Sanchez) vão receber em três parcelas. Uma no ato e duas anuais. Nós ficaremos sujeitos a isso. Não temos nem cópia do contrato que ainda não nos foi fornecido. E quanto ao Michel Bastos, precisamos que o Lille cumpra também o contrato. Também não sei as condições em que vai ser pago.

Goleiros e zagueiros estão na lista de possíveis contratados daqui pra frente?

Não. Só se for extremamente necessário e principalmente se sair algum jogador dessa faixa defensiva.

O Atlético tem condições nesse momento de contratar mais alguém ou manter os salários em dia?

Os salários estão absolutamente em dia e acabamos de trazer dois reforços com muito esforço. Não temos problema, o Atlético seguirá em frente ainda que com déficit que todo clube tem.

O senhor está satisfeito com o trabalho do Waldemar Lemos?

Em nove partidas são três vitórias, dois empates e quatro derrotas. Não é um trabalho que deixe qualquer clube alegre. Mas não debito isso exclusivamente a ele. O time é escalado por ele e perde, ganha ou empata. Na média não é bom. Ele não tem nem 50% de aproveitamento (são 40,7%).

Então ele pode cair?

Todo treinador corre risco. Não só no Brasil. Veja o Felipão no Chelsea. Se não houver resultado o próprio treinador sai, como ocorreu com o Geninho. Gostaria que contratássemos o treinador em janeiro, ele fizesse a pré-temporada e ficasse o ano todo. Mas nem sempre é possível. Não posso dizer que a vida do Waldemar será eterna aqui e tão pouco que o contrato será cumprido até dezembro. De nossa parte, por enquanto ele está no cargo, mas isso tudo depende de vitórias. Não adianta eu ser o diferente. Perdeu duas, três, quatro, não há treinador que resista. O próprio treinador pede para ir embora.

Ainda considera certa a decisão de ter mantido a base quase rebaixada no ano passado?

Sim. Esse time mantido foi o mesmo do Paranaense, bem ou mal o campeão. Terminamos dez pontos na frente do vice (somando as duas fases). Tínhamos a expectativa também dos juniores para o Brasileiro, mas já deu para ver que não estão prontos para serem titulares.

A diretoria foi enganada pelo Paranaense e a expectativa nos ga­­rotos foi excessiva?

O Paranaense não enganou. Todos sabemos que o nível técnico do Es­­tadual é inferior. Os estaduais de modo geral são ruins. Mas nós também não tínhamos naquele mo­­­mento condições de fazer mais in­­vestimentos dos que foram feitos.

Meninos da base entrando agora, risco de queimá-los?

Não serão queimados. Os protegeremos e teremos o maior interesse em preservá-los. Eles ainda que não tenham ido bem, não foram de todo mal e não são culpados por qualquer derrota. A verdade que esses jogos são um aprendizado para eles. Soma para quando voltarem daqui um tempo mais canchados e experientes. Mas não vamos crucificar nenhum deles. Nenhum dos meninos foi culpado por qualquer ponto perdido.

Está cumprindo a política de in­­vestir mais em chuteiras de qualidade e menos em tijolos, prometida durante a campanha?

Não tenho dúvida. Disputamos a Copa São Paulo e fomos vice-campeões e com o mesmo time júnior fomos campeões da Copa Tribuna e estamos nas quartas-de-final da Copa Belo Horizonte. No infantil, primeira fase do Estadual terminamos em primeiro. No juvenil, temos onze pontos de vantagem para o segundo colocado e na Copa Promissão ficamos em terceiro. Isso tudo é investimento em chuteira, no futuro do Atlético. Investimento em chuteira não é só Alex Mineiro, Claiton e Paulo Baier. É, também, pegar aqueles vice-campeões da Copa São Paulo e renovar contrato por cinco anos como fizemos. Só saem se pagarem a multa e não corremos o risco de perdê-los como outros clubes perdem. Investir em chuteira é ter sete da Copa São Paulo já no elenco profissional. Ao todo são 17 jogadores revelados em casa no time. Não se equivoquem, investir em chuteira não é só contratar profissionais. E, em tijolo, estamos complementando o anel inferior da Brasílio Itiberê até agosto. Não estamos nos enchendo de dívidas com jogadores caros, como creio que alguns queiram. Estamos investindo na base e isso também é chuteira.

O Waldemar cobrou da diretoria uma ação quanto a supostos erros de arbitragem, algo que jo­­gadores já haviam pedido após o empate com o Palmeiras. Será to­­mada alguma atitude?

Não gosto disso de ficar reclamando de árbitro. Que não deu cartão, que deu para um e não deu para outro. O outro clube certamente também reclama. Cada um puxa para sua sardinha e isso é uma grande bobagem. O time tem é que jogar e superar isso. A não ser em casos escandalosos. E nesses casos a própria comissão de arbitragem tem punido os árbitros. Temos é que ganhar em campo. Não vi nenhum jogo que não ganhamos por não ter um pênalti marcado. Mesmo contra o Coritiba os dois lances reclamados são duvidosos.

Algo novo na negociação do Rafael Santos com o Bologna?

Não houve evolução. Estamos aguardando a resposta do Bologna quanto a contra-proposta que foi para eles. Se eles acertarem conosco liberamos para falar com o jogador. É a única proposta que temos formalizada.

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