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Königstein – O estilo de jogo da Croácia, baseado na técnica e no toque de bola, pouco medo causou à defesa brasileira. Fora três chutes da entrada da área, no segundo tempo, o goleiro Dida quase não teve preocupação. A principal dificuldade do camisa 1, as bolas altas, foram raras. Para o próximo duelo, amanhã, o teste promete ser bem maior. A Austrália, que venceu o Japão de virada na estréia (3 a 1), tem como principal arma o chuveirinho, ponto fraco verde-amarelo.

Se Dida não tem grande desempenho nas saídas da meta, apesar de sua grande envergadura, a dupla de zaga também costuma titubear nas bolas alçadas na área. Juan e Lúcio não transmitem segurança nesse tipo de lance. Como complicador, o fato de os dois laterais brasileiros terem dificuldade na marcação. Os cruzamentos devem ser freqüentes.

"A Austrália tem outro estilo, mas o respeito é o mesmo. Eles vão tentar nos surpreender com a bola alta, a bola parada. Temos de estar atentos o tempo todo para não nos pegarem fora de posição. Uma bola que a gente não acredite, ou que vá devagar, eles podem marcar o gol. É assim que eles atuam", comentou Juan, certo de que o contato físico será bem maior no segundo compromisso da equipe na Copa do Mundo.

Segundo o camisa 4, a notória fraqueza pelo alto foi exaustivamente treinada na Europa. Nem mesmo os constantes avanços dos atacantes pelas laterais, nas costas de Cafu e Roberto Carlos, são motivo de preocupação no elenco. "A bola parada é questão de momento, não requer tanto treino. É importante estar bem posicionado e inteiro fisicamente", opinou Juan.

Para as bolas levantadas na área brasileira, a determinação de Parreira é simples. Não deixar ninguém cabecear com liberdade. "É para olharmos o adversário e não a bola, porque ela não entra sozinha. E se não der para ganhar no alto, temos de atrapalhar a conclusão deles para que não consigam direcionar o cabeceio", afirmou o zagueiro.

Depois do confronto de amanhã, em Munique, tudo leva a crer que a opinião de Juan sobre a Copa seja bem diferente da que teve contra a Croácia. De acordo com ele, as partidas na Alemanha estão mais tranqüilas do que as do campeonato europeu. "Tivemos muito espaço para jogar. Os times se respeitam mais", definiu.

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