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O fim da janela de transferências ao futebol europeu não foi suficiente para segurar todo o time do Paraná até o encerramento da temporada. O ala-direito Angelo, de 22 anos, artilheiro do time no Brasileiro com seis gols, acertou sua transferência para o Catar e nos próximos dias viaja para o país árabe.

A negociação foi feita pela diretoria da Adap, dona dos direitos federativos do jogador, que ontem pela manhã já limpou todo o seu armário no clube. O Tricolor terá direito apenas a 30% do valor pago pela equipe do Oriente Médio, que não teve o nome revelado.

A quantia também é mantida em sigilo pelas duas direções. O presidente do time de Campo Mourão, Adílson Batista Prado, deve embarcar junto com Angelo para acertar os últimos detalhes.

"Ainda é uma negociação em andamento. Os valores não estão totalmente definidos. Queremos que a venda seja consumada, mas pode ser que ocorra apenas o empréstimo", reconhece o vice-presidente tricolor, José Domingos.

Como a cúpula da Vila Capanema ainda não havia conseguido negociar ninguém em 2006 – além de Angelo, o zagueiro Gustavo e o atacante Leonardo também estiveram em meio a especulações de transferência – e só um mando de campo do Brasileiro foi vendido (contra o Corinthians, para Maringá), já se previa um rombo de R$ 2 milhões ao fim do ano.

A transação de Angelo pode ser apenas o começo do fechamento deste buraco financeiro, que para ser totalmente coberto ainda precisaria da saída de outros destaques do clube até o fim do ano.

"Ninguém é inegociável, mas a disputa de um título também nos traria essa receita", diz o presidente José Carlos de Miranda. "Para nós (Paraná) talvez nem seja um bom negócio a saída do Angelo agora. Mas se fizéssemos só bons negócios seriamos uma factory", admite Miranda.

Em agosto, o camisa 2 não foi negociado por muito pouco com o Genoa, da Itália. A partir de então as atuações do ala não foram mais as mesmas que o promoveram a destaque durante o primeiro turno do Nacional.

O desejo do jogador de se transferir para o exterior também pesou para que a comissão técnica e a direção do clube não impusessem obstáculos à saída do jogador, que tem contrato com o Paraná até dezembro. De acordo com Miranda, o técnico Caio Júnior também entendeu a situação.

"Desde o dia em que ele (Angelo) chegou aqui há conversas sobre propostas para o exterior. O peso de US$ 300 mil ou 400 mil deixa qualquer um louco", afirma o dirigente.

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