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Suzuka, Japão – Por pelo menos um instante, a disputa do Mundial ficará em segundo plano. Por um momento, breve que seja, a F-1 lamentará neste fim de semana a despedida de um dos circuitos preferidos dos pilotos, um lugar com vocação especial para proclamar campeões: Suzuka.

Casa da categoria no Japão desde 1987, o autódromo da Honda será trocado no ano que vem por Monte Fuji. A pista, na região de Tóquio, é de propriedade da Toyota. Que, para tomar da arqui-rival o direito de receber a prova, investiu US$ 150 milhões na modernização do traçado e contratou o arquiteto alemão Hermann Tilke, parceiro de Bernie Ecclestone.

Por melhor que seja a reforma, porém, a categoria já imagina um sentimento de nostalgia em 2007. Ao lado de Spa-Francorchamps, na Bélgica, Suzuka é o circuito predileto da grande maioria dos pilotos. A despedida começa hoje, a partir das 23h (de Brasília), com o primeiro treino livre para o GP do Japão, a penúltima etapa do Mundial.

"Vai ser triste ver Suzuka deixar o calendário. Já faz mais de dez anos que corri aqui pela primeira vez, ainda nos tempos de F-3000, e é minha pista favorita. Tem uma enorme variação de curvas... É um desafio", disse Ralf Schumacher, em tese o último autorizado a lamentar a transferência do GP – sua equipe é a Toyota.

"É a melhor pista da F-1, sem dúvida. É única. Será uma pena não virmos para cá no ano que vem", afirmou o espanhol Pedro de la Rosa, da McLaren.

Os brasileiros engrossam a lista de fãs. Para Rubens Barrichello, que venceu no Japão em 2004, "é um traçado fantástico". Felipe Massa também classifica Suzuka entre as melhores pistas do campeonato.

Em 1994 e 1995, o Japão abrigou duas etapas do Mundial, em Suzuka e Aida – esta, batizada como GP do Pacífico. Há outros precedentes. A Itália desde 1981 recebe duas provas da F-1, em Monza e Ímola. A Alemanha tem história parecida, com Hockenheim e Nurburgring. Os EUA e a Inglaterra também já receberam duas corridas num mesmo ano.

Por enquanto, a entidade máxima do automobilismo não dá esperanças para os pilotos. No pré-calendário para 2007 há 17 corridas marcadas, com um domingo ainda livre, 29 de abril. A data, porém, deve ficar com o GP de San Marino.

O fim de Suzuka também acabará com as chances de o circuito se tornar o mais célebre palco de decisões da F-1.

Até hoje, o autódromo já viu dez comemorações de campeonato, a última em 2003, no hexa de Michael Schumacher. Na frente, apenas Monza, com 12. E, neste fim de semana, a pista japonesa poderá reduzir ainda mais essa desvantagem.

Caso vença a prova de domingo e Fernando Alonso não pontue, o piloto alemão conquistará o título com uma prova de antecedência. Qualquer outro resultado levará a disputa para a última etapa, o GP do Brasil, em Interlagos, dia 22.

Na TV: treino para o GP do Japão, às 23 horas e às 2 horas, no Sportv.

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