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O Atlético possui um decisivo trunfo jurídico para fragilizar a Federação Paranaense de Futebol na disputa política envolvendo a Copa 2014.

Tal "carta na manga" – que recolocaria a Arena na rota do torneio da Fifa – surge graças a uma indenização jamais paga pela FPF ao Rubro-Negro na ordem de R$ 7,7 milhões. O crédito tem origem no rompimento do contrato de cessão do Pinheirão, em 1992 (com sentença da 1.ª Vara Cível de Curitiba em 22/2/85).

As cifras contabilizam justamente as perdas e danos causados ao clube pelo descumprimento das normas contratuais. Pelo acordo (como contrapartida para jogar no Tarumã), caberia aos atleticanos 10% sobre o valor de vendas e locações das cadeiras cativas, camarotes, estacionamento e publicidade.

Diante do não-cumprimento da norma, nem posterior ressarcimento (apenas parte dos juros são pagos), coube a diretoria atleticana pedir à época a penhora de um dos terrenos no qual está edificada a praça esportiva.

Mas pela legislação vigente no país, o Atlético tem ainda direito como credor de provocar o Judiciário a intervir na FPF. Ou seja: para garantir o pagamento, pode pedir a nomeação de um depositário – alguém responsável pelas finanças da entidade.

A possível construção da nova arena para a Copa 2014 na área, faz o Furacão agora ventilar essa hipótese. "Não tem acerto. [Se quiser construir outro estádio] Vai ter que pagar antes", avisa o advogado Marcos Malucelli, responsável pelo departamento jurídico atleticano. O presidente Mário Celso Petraglia preferiu não se pronunciar.

Malucelli também disse que o pedido de intervenção poderia ocorrer apenas após resolução interna entre os dirigentes. "A decisão é do conselho todo", adianta.

Já a FPF revela uma saída para o caso, evitando o embate com o hoje adversário na escolha do estádio paranaense visando ao evento esportivo: acertar as contas. O advogado Vinícius Gasparin avisa que o investidor da nova arena sabe de todas as pendências e está disposto a arcar com esse ônus (leia mais ao lado).

No dia 31 de maio, o governo estadual terá que bater o martelo na escolha do palco paranaense à eventual Copa no Brasil. Em um primeiro momento, há oito dias, a autarquia Paraná Esporte foi até o Rio de Janeiro para comunicar à CBF que o novo Pinheirão tem o apoio/aval do poder público local.

No mesmo período, o Coritiba anunciou que irá usar a área do Pinheirão para levantar um estádio, onde passará a mandar seus jogos.

Indignado com a decisão, o Atlético se movimentou nos bastidores em busca de apoio na Assembléia Legislativa. A bancada rubro-negra de deputados estaduais espera agora uma conversa reservada com o governador Roberto Requião.

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