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Por enquanto, está todo mundo trabalhando de graça. O projeto do novo Pinheirão, do arquiteto Waldeny Fiuza, deve ficar pronto em uma semana. A construtora designada para obra, a Tecnosolo, já teria até começado a realizar os estudos topográficos do terreno.

Tem mais: o Paraná – mais novo integrante da equipe formada por Onaireves Moura – assinou ontem convênio para ceder o terreno da sede do Tarumã. A área vai virar estacionamento em 2014, durante a Copa do Mundo.

Para fechar o time do dirigente, surgiu um terceiro interessado correndo atrás do dinheiro – pois ninguém sabe ainda quem vai pagar a conta de todo o trabalho realizado.

Para quem está envolvido no projeto, o "trabalho voluntário" seria a melhor maneira de passar a credibilidade necessária para que o complexo saia do papel.

"O Fiuza está trabalhando no risco também. Eu viajo pelo mundo por minha conta. E a Tecnosolo começou até a fazer estudos do terreno. Caso dê errado, a Federação não vai ter dinheiro para nos pagar. Mas se não acreditássemos que daria certo não estaríamos fazendo isso", afirma Marcelo Vieira Pinto, presidente da ONAE (Organização Nacional de Apoio ao Esporte), uma ONG que também só surgiu agora.

Vieira Pinto apareceu como homem-chave para o sucesso do novo Pinheirão e, por conseqüência, da candidatura paranaense a uma das sedes do Mundial de 2014. Carioca, diretor da Confederação Brasileira de Futebol nos anos 90 (quando conheceu Moura), atualmente Marcelo Pinto se ocupa com a captação de recursos para obras de infra-estrutura, como estradas e pontes.

Pelos contatos com grupos estrangeiros, no entanto, também ficou encarregado de arranjar investidores para os estádios do estado da Bahia e o Distrito Federal. Mas garante: "Dos três, o mais fácil de conseguir é o Paraná. Afinal, aqui, o terreno é privado, não público".

De acordo com Marcelo Pinto, a situação estaria no seguinte pé: conversas adiantadas com dois grupos, um americano e outro europeu. Tudo, no entanto, emperrado pela falta de conclusão do tal plano de viabilidade econômica – uma documentação que revele ao interessado em quanto tempo ele deverá recuperar o dinheiro. E se o estudo apontar para o lucro rápido, nem o histórico judicial da FPF deverá atrapalhar o negócio.

"Os banqueiros são frios e calculistas. Se eles sentirem que estão garantidos não pensarão duas vezes em financiar", afirma o ex-diretor da CBF. Estima-se que o complexo inteiro não sairá por menos de US$ 315 milhões (cerca de R$ 630 mi).

A FPF, no entanto, ainda não decidiu nem de que forma fará o acordo com o futuro investidor. Ou pegará o dinheiro emprestado para devolver parceladamente ou fará a cessão do complexo por um determinado tempo, passando também a administração da praça esportiva para o grupo. Em média, um investimento considerado bom tem o retorno do dinheiro gasto entre sete e dez anos.

Marcelo Pinto mora em Brasília, e também está encarregado de resolver os problemas que a FPF tem com o INSS – uma dívida em torno de R$ 6 milhões. Seja qual o acordo feito com o Instituto Nacional de Seguridade Social, uma coisa é certa: é o investidor que irá pagar.

Também nenhum empecilho. "Os dois grupos já vieram visitar o local do estádio e me disseram: manda brasa!"

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