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Paula Lima solta a voz na capital, nesta terça | Divulgação/Angélica Fenley Belich Assessoria em Comunicação
Paula Lima solta a voz na capital, nesta terça| Foto: Divulgação/Angélica Fenley Belich Assessoria em Comunicação

Ao dizer em sua apresentação que "conhecer o seu Telê mudou a minha vida profissional e pessoal", o técnico Pintado mostrou o quanto admira o saudoso treinador e deu a letra sobre qual es-tilo trará para o comando do Pa-raná. Legítimo discípulo de Telê Santana, o ex-volante segue a cartilha de exigência e trabalho que aprendeu no vitorioso São Paulo do início dos anos 90.

Aliás, ele assume isso sem qualquer reserva. Diferentemente do antecessor Zetti, goleiro daquele mesmo time. Apesar de demonstrar muito respeito, ao responder sobre o assunto o agora técnico do Atlético Mineiro dava a impressão de não querer ficar com a imagem tão ligada à do lendário treinador.

Pintado não se acanha. "É uma referência para mim. Sempre quando piso em campo penso no mestre, porque realmente fez diferença conviver com ele. Ainda mais por ter sido meu melhor momento como jogador", conta, lembrando que os ensinamentos deram resultado para mais companheiros. "O pessoal reclamava da famosa cobrança do seu Telê, que às vezes exigia até de maneira excessiva. Mas ele falava ‘não estou cobrando por mim, e sim por vocês mesmos’. Todo mundo que o ouviu hoje está muito bem."

A convivência com o mestre na época de São Paulo foi ainda mais marcante para Pintado por um detalhe: "Éramos vizinhos de porta no CT (onde ambos moravam). O meu quarto era o 14 e o dele o 15. Lembro bem que, como ele levantava cedo, o pessoal já se comunicava: ‘Olha, vamos nos espertar porque o homem já acordou’", recorda, aos risos.

Mas não foi apenas com o "seu Telê" que Pintado teve a chance de trabalhar e aprender. Quando jogador, foi orientado por outros quatro profissionais de renome mundial: Vanderlei Luxemburgo e Carlos Alberto Parreira, no Bragantino; Zagallo, na Portuguesa; e o argentino César Luis Menotti, no Cruz Azul, do México.

"Cada um com uma característica marcante que tento tirar proveito", diz o novo comandante paranista. "O Luxemburgo especialista no trabalho do dia-a-dia, desenvolvendo a parte tática; o Parreira um estudioso do futebol em tempo integral; o Zagallo com seu carisma impressionante. Já o Menotti, por ser argentino, era bem diferente, muito mais detalhista e com aquele estilo boleiro."

Mas foi um técnico dos tempos de criança que deu a Luís Carlos de Oliveira Preto o marcante apelido que lhe acompanha até hoje. "Faltou goleiro no meu time de moleques e, como eu tinha muitas sardas no rosto, ele virou para a minha direção falando ‘Ô Pintado, vai você para o gol.’ Aí não teve mais jeito..."

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