Pioneiro vê aumento de exigências

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Cinco funcionários registrados, mais três que atuam como free-lancers nos finais de semana; câmeras, ilhas de edição e viagens pelo estado em todas as rodadas de competições profissionais e de categorias de base. Essa é a rotina da produtora de Arineu Kutzke Júnior, principal especialista do Paraná no ramo de produção de vídeos para clubes, empresários e jogadores de futebol.

Ex-cinegrafista de tevê, Kutzke está no ramo desde 1990. Na primeira década da atividade, foi um dos pioneiros e viu a demanda de seu mercado aumentar brutalmente. Atualmente, nem precisa correr atrás de clientes no mundo futebolístico.

Só no Campeonato Paranaense o produtor possui contrato com Paraná, Iraty, Operário, Corin­­thi­ans-PR, Cascavel e Serrano. "Ro­­damos o estado atrás desses times", conta. Para atender todos seus clientes, gasta mensalmente R$ 10 mil para manter o padrão. "Devo montar um estúdio próprio dentro do novo CT do Iraty, em Londrina", afirma.

Com o passar dos anos, Kutzke viu a exigência para contratação de jogadores ficar cada vez maior. Na década de 90, os melhores mo­­mentos de um atleta já bastavam para convencer dirigentes (principalmente os estrangeiros) a fechar negócio. Atualmente, o DVD virou um instrumento de avaliação das características e uma espécie de apresentação inicial.

"Lembro claramente que o Mi­­randinha (atacante) e o Hílton (za­­gueiro), do Paraná, foram vendidos para Suíça pelo material que fiz", recorda. "No Brasileiro de 1996 acompanhamos o Oséas (do Atlético) por todo o Brasil. Traba­­lhávamos com duas câmeras só em cima dele. No ano seguinte ele foi negociado com o Palmeiras", orgulha-se. (RL)