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Governador Orlando Pessuti e o prefeito Luciano Ducci se reuniram ontem com membros do comitê local da Copa e dirigentes do Atlético | Roberto Dumke/ AE Notícias
Governador Orlando Pessuti e o prefeito Luciano Ducci se reuniram ontem com membros do comitê local da Copa e dirigentes do Atlético| Foto: Roberto Dumke/ AE Notícias

Atlético justifica salto de 46% no custo do estádio

Angelo Binder

O Atlético esmiuçou ontem a no­­va conta com a possível adequação da Arena ao caderno de encargos da Fifa. Durante a assembleia pú­­blica que discutiu as garantias financeiras da realização da Copa 2014 em Curitiba, o clube avisou que terá um prejuízo aproximado de R$ 45 milhões com a realização do evento no seu estádio. Pelos no­­vos cálculos, de largada, a obra já estaria 46% mais cara do que o valor inicial.

A conta, segundo o Conselho Fis­­cal atleticano, não é nova. Ela prevê inúmeras dificuldades com o período de reformulação do Joa­­quim Américo. Dentre os problemas apontados no balanço estão a perda de arrecadação com lojas, aca­­demia, restaurante, estacionamento; além de queda na arrecada­­ção, venda de cadeiras e camarotes.

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O estado e a prefeitura esperam fe­­char hoje o pacote de garantias para que Curitiba seja subsede da Copa de 2014. Uma reunião, que começou na noite de ontem e terá sequência nesta manhã, entre o governador Orlando Pessuti, o prefeito Luciano Ducci, o Atlético e demais membros do comitê paranaense para o Mundial, busca soluções de viabilidade para a conclusão da Arena.

Elas devem ser apresentadas na segunda-feira, em Brasília, em um encontro com o presidente da CBF e do COL (Comitê Or­­ganizador Local), Ricardo Teixeira.

É o prazo final.

Na pauta da reunião (que acontece a portas fechadas), estão a possibilidade de a Copel patrocinar a obra, com a aquisição do na­­ming rights do estádio, e também soluções para que o BNDES financie o restante dos R$ 135 milhões necessários – o Atlético diz ter 1/3 disso.

Pessuti pode se antecipar à decisão dos deputados, prevista para o próximo dia 3 de agosto, e decidir que a companhia estatal faça o contrato de patrocínio com o clube. Nos corredores do Palácio das Araucárias, ele teria dito que não gostou das declarações do presidente da Copel, Ronald Ravedutti, à Gazeta do Povo, de que a companhia não deveria investir em marketing nesse segmento.

Paralelo a isso, o comitê busca uma solução conjunta com o Atlé­­tico para a questão do potencial construtivo – permuta na qual se recebe aval para construir acima dos padrões urbanos estabelecidos em uma determinada área da cidade. O BNDES não pode conversar diretamente com o clube. É necessário que um parceiro – no caso, uma construtora – faça o fi­­nan­­ciamento, respaldada pelos papéis.

O clube já teria o nome do parceiro, que não foi revelado. Essa empresa construiria o restante do estádio. Atualmente, a construtora Arce é quem conduz as obras. Os valores a serem repassados via potencial construtivo também estão em estudo. Estima-se algo em torno de R$ 80 milhões. Outro problema a ser resolvido é que a prefeitura não pode emitir tal volume de uma só vez, sob pena de banalizar o papel.

Com a urgência, estima-se que no começo da tarde um pronunciamento oficial conjunto entre o governador e o prefeito defina de vez a questão.

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