Luciano celebra gol de penalti contra o Panamá.| Foto: Tom Szczerbowski/USA Today Sports

Foi sofrido, mas a seleção brasileira de futebol masculino superou o Panamá por 3 a 1 na prorrogação, após empate em 1 a 1 no tempo normal, e ficou com a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. O corintiano Luciano, duas vezes, e o ex-são-paulino Lucas Piazon fizeram os gols do Brasil. Com o resultado, a seleção chegou ao seu segundo bronze na história dos Jogos - o anterior foi em 1983.

CARREGANDO :)

A competição de futebol do Pan aceita apenas inscrições de atletas de até 22 anos - que, portanto, tenham idade, para disputar a Olimpíada do ano que vem. O Brasil foi representado por um time reserva da sua seleção olímpica, uma vez que os clubes não eram obrigados a liberar seu atletas. O Pan, afinal, não acontece em data Fifa.

Assim, o técnico Rogério Micale se viu obrigado a convocar apenas jogadores que não são titulares de seus clubes, com poucos exceções. O destaque da campanha foi o atacante Luciano, do Corinthians, artilheiro do torneio com cinco gols.

Publicidade

A decisão do ouro será no domingo, às 14h05, também em Hamilton, nos arredores de Toronto. O Brasil volta a jogar ainda neste sábado, no mesmo local, às 19h35, na final do futebol feminino, contra a Colômbia.

O JOGO - Talvez ainda sentindo a derrota de virada na semifinal, para o Uruguai, o Brasil fez um primeiro tempo melancólico. Começou o jogo produzindo um pouco mais ofensivamente, mas de novo de forma burocrática. O trio Erik, Luciano e Clayton até que procurava rodar o jogo, mas faltava objetividade.

Do outro lado, o Panamá era franco atirador. Aproveitava-se de erros de marcação e buscava o ataque quase sempre às costas da zaga brasileira. O time teve chance de abrir o placar aos 35, quando Eurico cometeu pênalti em Waterman. Na cobrança, porém, Escobar chutou no meio e Andrey defendeu.

O gol panamenho que não saiu no pênalti. Veio, porém, no último minuto do primeiro tempo. Murillo recebeu pela extrema direita e cruzou no segundo pau para Nuñez abrir o placar de cabeça.

Com o mau futebol da primeira metade do jogo e a desvantagem no placar, o técnico Rogério Micale foi mexendo no time ao longo da etapa final - nas peças e na maneira de atuar. Mudou os dois laterais, sacou o volante Barreto e colocou Lucas Piazon no ataque. O Brasil passou a criar, buscando as entradas na área em diagonal de Luciano e Clayton ou a movimentação de Erik pelo meio.

Publicidade

Erik teve duas boas chances de empatar. Na melhor delas, ao 26, ele recebeu passe de Gilberto na pequena área, mas demorou demais para finalizar e a defesa afastou. O gol de empate acabou vindo num pênalti duvidoso cinco minutos mais tarde, sofrido por Luciano. Na cobrança, o jogador do Corinthians colocou no canto direito e deixou tudo igual.

Nos minutos finais, o Panamá seguiu na pressão. E teve a grande chance de garantir o bronze aos 38, quando Aguilar recebeu livre na direita e tocou por cobertura na saída de Andrey. A bola acabou batendo no travessão, e o jogo foi mesmo para o tempo extra.

PRORROGAÇÃO - Na prorrogação, o jogo seguiu franco. O Panamá teve a primeira boa chance, aos 6, quando Luciano evitou o gol de Muñoz afastando a bola da pequena área. Mas foi o Brasil quem acabou marcando três minutos mais tarde.

O gol foi o lance mais bonito da tarde. Lucas Piazon recebeu passe na esquerda, invadiu a área deixando dois marcadores para trás e bateu colocado, no ângulo esquerdo do goleiro Powell.

Sem outra alternativa, o Panamá se jogou ao ataque. E aí foi a vez do Brasil buscar o contragolpe e explorar os espaços. Aos 10, Clayton fez jogada pela esquerda e mandou para o meio da área; a bola passou por Piazón, mas sobrou para Luciano chutar forte e garantir a vitória.

Publicidade
Veja também
  • Franck Caldeira desiste, e Brasil perde hegemonia na maratona do Pan
  • Goleiro acusado de abuso sexual é cortado do Mundial de Polo Aquático