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A ausência de um jogo de equipe entre brasileiros e a falta de renovação de competidores foram eleitos pelos candidatos ao pódio na São Silvestre como os fatores que mais colaboram para deixar o Brasil em desvantagem em relação aos rivais africanos.

A 90.ª edição da corrida de rua mais importante no Brasil ocorre hoje, às 8h40 (feminina) e 9 h (masculina), mas a expectativa de vitória nacional é quase inexistente.

A última vez que um fundista do país venceu a prova masculina foi em 2010 (Marílson dos Santos). Já a feminina foi em 2006 (Lucélia Peres).

"Analisando de maneira franca é muito difícil prever uma vitória brasileira. Temos bons competidores, como Giovani dos Santos e Joziane Cardoso, mas falta uma equipe forte, com fundistas de mesmo nível, como os quenianos têm", disse o técnico Henrique Viana, da equipe Pé de Vento. A constatação do treinador é similar à dos atletas.

"Não conseguimos formar um bloco de brasileiros para competir em igualdade com os quenianos. Ano passado eu fiquei espremido em um bloco com cinco quenianos. Eles têm estratégias claras, revezando quem dá o ritmo da corrida. É difícil ter fôlego sozinho para enfrentar cinco adversários de ponta", avaliou Giovani dos Santos.

"Outro motivo é a falta de renovação de atletas. Os africanas revezam a participação em provas porque têm quantidade suficiente de atletas para fazer isso. O Brasil tende sempre a utilizar os mesmos fundistas em todas as provas, o que gera desgaste e diminui a competitividade", completou.

O fundista mineiro, inclusive, é favorito neste ano. Nas últimas quatro edições terminou na quarta colocação – foi o melhor brasileiro nas três últimas. Neste ano ainda conquistou pela terceira vez seguida a Volta da Pampulha, em Minas Gerais.

Os principais adversários do mineiro são o etíope Tariku Bekele, campeão em 2011, e o queniano Mark Korir, vice no ano passado.

"No Brasil, nossa sensação é de que não há renovação. Sempre vemos as mesmas competidoras. As escolas poderiam incentivar mais. Faz muita diferença para um atleta ele iniciar cedo no esporte", disse Joziane.

O favoritismo da prova feminina está com as quenianas Priscah Jeptoo, campeã da prova em 2011, e Nancy Kipron, vencedora em 2014.

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