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Ginásio Chico Neto recebe em média 4,4 mil pessoas por jogo do Moda Maringá | Ivan Amorin / Gazeta do Povo
Ginásio Chico Neto recebe em média 4,4 mil pessoas por jogo do Moda Maringá| Foto: Ivan Amorin / Gazeta do Povo

Em sua primeira temporada na Superliga, o Moda Maringá atingiu uma de suas metas: encher o Ginásio Chico Neto. Ainda sem deslanchar nos resultados (é o 5.º na classificação), o time maringaense já alcançou a melhor média de público entre os 12 times na disputa. Nos quatro primeiros jogos em casa, cerca de 4,4 mil pessoas foram apoiar a equipe montada pelo levantador Ricardinho.

A média de público é três vezes maior que a do campeonato. Nas sete primeiras rodadas, os ginásios da Superliga Masculina de Vôlei receberam cerca de 1.417 pessoas por partida. "Gosto de jogar com casa cheia. É bom tanto para nosso time quanto para nosso adversário, que também se sente prestigiado", diz o maior pontuador da competição, com cem pontos, o oposto Lorena, um dos mais aplaudidos pela torcida maringaense a cada saque ou ponto.

Festa que muitos dos jogadores visitantes desconhecem em seus próprios domínios. Nos 45 primeiros jogos da competição, oito não tiveram mais que 500 torcedores nas arquibancadas. Essa diferença entre a casa cheia no Chico Neto e ginásios vazios preocupa o jogador e dirigente Ricardinho. "Conheço o Paraná muito bem e contava com isso. Sabia que o público viria. Mas é triste ver que algumas equipes acabaram, outras se transferiram para novas cidades e, como não criam raízes, fica difícil formar torcida. Isso me preocupa como dirigente. Vou lutar para que isso não aconteça com o Moda Maringá, para que tenhamos uma das maiores torcidas do país", fala.

Com apenas quatro jogos no Chico Neto, com capacidade para 6 mil espectadores, foram duas vitórias e duas derrotas – no último sábado, perdeu para o vice-líder Sesi-SP por 3 sets a 0, diante de 4,3 mil torcedores –, o time já criou torcida cativa. A procura por ingressos – que custam R$ 26 – começa dias antes das partidas e o torcedor só não vestiu a camisa literalmente porque o preço do uniforme pesa no bolso. "Dá para contar quantas pessoas no ginásio estão com a camisa do time. Mas, custando R$ 110 fica difícil, né? Mais caro que de clube de futebol... Todo mundo vai animado para torcer. Tem gente de todo jeito: criança, jovem, velho, famílias inteiras. Chego duas horas antes do jogo para pegar um bom lugar na arquibancada", conta a professora Silvia Carla Ferreira Lopes, 33 anos, que assistiu a todas as partidas do Moda Maringá até agora.

"É para eles que jogo. Penso que ficaram na fila, que saíram de casa só para isso. Agora, essa diferença entre o nosso público e o de outros times... O vôlei tem tanta coisa para mudar e não sou eu quem vai resolver isso, minha voz é muito pequena", afirmou Lorena. "Aqui, a realidade é fora do normal. Temos um ginásio climatizado que vale a pena o ingresso, a cidade prestigia o time, estamos em um projeto maravilhoso", destacou.

O próximo jogo em casa também promete casa cheia: é contra o líder do campeonato Cruzeiro, neste sábado. Amanhã, o Moda Maringá enfrenta o São Bernardo, no interior paulista.

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