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A Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf) informou nesta quarta-feira (24) que está organizando um sofisticado programa antidoping para o Campeonato Mundial de Atletismo, que será disputado entre 10 e 18 de agosto em Moscou.

A preocupação em relação ao uso de substâncias proibidas para melhorar o desempenho esportivo aumentou depois que o velocista norte-americano Tyson Gay e quatro atletas jamaicanos, entre eles o velocista Asafa Powell, foram flagrados em testes antidoping.

Para a competição em Moscou, a proposta da Iaaf é ampliar o sistema utilizado no último Mundial, em Daegu (Coreia do Sul), em 2011, no qual os cerca de 2 mil atletas foram submetidos a exames de sangue. Na Rússia, as amostras de sangue serão utilizadas para compor o passaporte biológico do atleta - com os resultados passíveis a serem comparados com testes anteriores e futuros de cada atleta, podendo indicar índices suspeitos de determinada substância.

Os controles serão feitos para todas as modalidades do atletismo – corridas, saltos e arremessos -, contabilizando um vasto feixe de biomarcadores.

Além de detectar o possível uso de eritropoetina - hormônio produzido pelo corpo humano, mas que pode ser injetado na forma sintética - ou de transfusões de sangue, no caso de modalidades de resistência - ambos métodos que aumentam o número de glóbulos vermelhos no sangue, facilitando a respiração celular, o que resulta em maior resistência muscular -, os exames poderão detectar o uso de esteroides ou hormônio do crescimento, fraude mais comum entre velocistas.

O programa de exames em Moscou será feito com testes adicionais aos tradicionais exames de urina. Cerca de 500 amostras serão tomadas tanto durante as provas como em treinos, sem aviso prévio. Assim como é feito desde o Mundial de 2005, em Helsinque, serão armazenados por um longo período de tempo, com a possibilidade de serem reavaliados no futuro, com novas tecnologias de detecção de doping.

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