A pouco mais de um ano da próxima Olimpíada, o tema segurança no Rio de Janeiro voltou a ganhar atenção depois da morte do médico Jaime Gold, de 57 anos, esfaqueado durante um assalto na semana passada enquanto andava de bicicleta na Lagoa Rodrigo de Freitas – foram oito ataques do gênero apenas em maio. Apesar da onda de violência, o prefeito Eduardo Paes não se diz preocupado com esta questão para 2016. Para ele, os cidadãos estarão protegidos por um grande contingente policial durante os Jogos Olímpicos.

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“Não estou nem um pouco preocupado com a segurança na Olimpíada. O Rio, no auge de suas crises de segurança pública, fez a Rio-92 [Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento]. Faz carnaval todo ano, faz Réveillon com enorme sucesso porque, em um grande evento, baixa Exército, Aeronáutica, Polícia, fica uma maravilha”, destacou.

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Em um evento de empresários nesta terça-feira (26), em São Paulo, Eduardo Paes apontou que a maior inquietação deve ocorrer antes e depois da competição. “O evento vai embora e o pau come de novo. Esquece Olimpíada, não me preocupo um minuto”. O prefeito vê a violência como um problema nacional e reconhece que o Rio de Janeiro tem uma particularidade neste assunto. “No Rio, talvez seja a situação mais grave, essa coisa de território dominado. São Paulo tem muita violência, mas o Estado não perdeu o monopólio da força”.

Ele mostra confiança na política de pacificação das comunidades, instaurada em 2007. Mas, ainda que a responsabilidade pela segurança pública seja do Governo do Estado do Rio, Eduardo Paes coloca a Prefeitura à disposição para colaborar no combate ao que ele chama de “chaga brasileira”. “Nós vamos estar do lado para ajudar. Esse é o grande desafio do Rio, que a gente tem de enfrentar e tem de vencer”, afirmou.