Recordista em participação em Pan ganha bronze na vela

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Recordista brasileiro de participação em Jogos Pan Americanos, o velejador Cláudio Biekarck, 64, conquistou neste domingo (19) a medalha de bronze na classe Lightning, ao lado de Gunnar Ficker, 60, e Maria Hackero, 24. Biekarck mantém a média de uma medalha por Pan. Essa foi a 9ª edição do evento na qual participou, superando o atirador Durval Guimarães, com uma a menos.

Esse foi o quinto bronze do experiente velejador, que se soma à coleção de medalhas de Pan que tem mais três pratas e um ouro. Ele diz que não sabe se disputará a décima edição. “Não sei se vai dar. Quatro anos... Tem chão pela frente. Foi um campeonato muito longo, sem nenhum dia de descanso no meio. Só antes da final. Mas a gente se cuida, fomos dormir cedo todos os dias”, contou Biekarck.

Caso não dispute o Pan de Lima-2019, ele pode ter a marcar igualada por Gunnar, seu parceiro desde San Juan-79, segundo Pan do qual participou. “Vamos tentar fazer a seletiva. Vontade não falta”, disse Gunnar.

A medalha foi obtida numa classe na qual o vigor físico não é tão exigido como em outras da vela. Contudo, eles enfrentaram adversários com tripulação, em sua maioria, entre os 30 e 40 anos. O ouro ficou com o trio argentino Javier Conte, 39, Nicolas Fracchia, 39, e Maria Salerno, 29. A prata foi para a equipe norte-americana formada por Justin Coplan, 27, Caroline Patten, 26, e Danielle Prior, 23.

Na regata final, o trio brasileiro chegou em último, na quinta posição e só não perdeu a medalha porque o trio chileno ficou na quarta - eles precisava ficar duas posições à frente da equipe do Brasil. A competição teve, no total, sete embarcações, mas só cinco disputam a medal race.

Assim como os demais brasileiros, o trio se queixou da falta de vento no lago Ontário. Biekarck comparou as condições à do Pan de Indianápolis-1975. “O vento não colaborou muito. Tínhamos uma expectativa de vento fraco. Não imaginou que fosse tão fraco e variando tanto de direção. Mas estamos satisfeitos com o resultado. Medalha é medalha”, comentou o veterano.